Lá na serra branquejando, folhas secas pelo chão;
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão.
Não há, oh gente, oh não,
Luar como este do sertão!
Não há, oh gente, oh não,
Luar como este do sertão!
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão;
A gente pega na viola que ponteia
E a canção é a lua cheia a nos nascer no coração.
Não há, oh gente, oh não,
Luar como este do sertão!
Não há, oh gente, oh não,
Luar como este do sertão!
Coisa mais bela neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste, no sertão, se faz luar;
Parece até que a alma da lua é que descanta
Escondida na garganta desse galo a soluçar.
Não há, oh gente, oh não,
Luar como este do sertão!
Não há, oh gente, oh não,
Luar como este do sertão!
Ai, quem me dera que eu morresse lá na serra
Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez;
Ser enterrado numa grota pequenina
Onde à tarde a sururina chora a sua viuvez.
(Composição: Catulo da Pixão Cearense e João Pernambuco)
Montagem do vídeo: www.betediniz.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário