quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Minha boêmia (Rimboud)
Lá ia eu, de mãos nos bolsos descosidos;
Meu paletó tornava-se ideal.
Sob o céu, musa! Eu fui teu súdito leal!
Puxa, vida! A sonhar amores destemidos!
O meu único par de calças tinha furos.
Pequeno polegar do sonho ao meu redor.
Rimas espalho. Albergo-me à Ursa Maior.
- O meus astros nos céus rangem frêmitos puros.
Sentado, eu os ouvia, à beira do caminho,
Nas noites de setembro, onde senti tal vinho,
O orvalho a rorejar-me a fronte em comoção.
Onde, rimando em meio a imensidões fantásticas,
Eu tomava, qual lira, as botinas elásticas
E tangia um dos pés junto ao meu coração!
(Poesia: Rimboud - Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)
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