Placas tectônicas são grandes blocos que compõem a camada sólida da Terra (litosfera) que sustentam os continentes e oceanos. Estão sempre em movimento, impulsionadas pelo magma incandescente do interior do planeta. Empurram-se e afastam-se umas das outras, afundando alguns milímetros por ano, alterando suas dimensões e modificando o contorno do relevo terrestre. A palavra tectônica vem do grego tektoniké, que significa a arte de construir; cada vez que as placas se encontram grande quantidade de energia, equivalente a milhares de bombas atômicas, se acumula em suas rochas e é liberada em forma de terremotos, normalmente nas bordas das placas. Já nos limites dos blocos que sustentam os oceanos a trombada das placas pode originar vulcões, quando montanhas de rochas derretidas sobem pelas fendas entre as placas.
Lembrete: A Litosfera terrestre possui cerca de 150 km de espessura, numa distância de 6.371 até o centro da Terra.
As dez principais placas tectônicas da Terra:
Placa do Pacífico - é uma placa oceânica, com 70 milhões de km²; está em constante movimento no Havaí, onde o magma sobe e cria ilhas vulcânicas. Ao encontrar-se com a placa da Filipinas, ela se afunda, numa região chamada "Fossa das Marianas", onde o oceano atinge sua maior profundidade: 11.034 metros.
Placa de Nazca - Situada ao leste do oceano Pacífico, possui 10 milhões de km²; todo ano perde cerca de 10 cm resultante das trombadas com a placa Sul-americana, que, por ser mais leve, desliza por cima dela, gerando vulcões e elevando mais as montanhas nos Andes.
Placa Sul-americana - Situada na América do Sul, com 32 milhões de km²; no centro ela mede 200 milhões de km de espessura e na borda com a placa africana os terrenos mais jovens não passam de 15 km. O Brasil está no meio dessa placa, o que diminui os efeitos de terremotos e vulcões.
Placa da América do Norte e do Caribe - Possui 70 milhões de km², e engloba toda a América do Norte e Central. Num de seus limites está a falha de San Andreas, famosa por grandes terremotos, e seu deslocamento em relação à placa do Pacífico provoca uma fronteira turbulenta.
Placa da África - situada no meio do Oceano Atlântico, uma falha submersa abre caminho para o magma do manto inferior, fazendo com que esse bloco se afaste progressivamente da placa Sul-americana com que formava um continente há 135 milhões de anos e cresça de tamanho. Atualmente possui 65 milhões de km².
Placa da Antártica - Esse bloco dá suporte à Antártida e a uma parte do Atlântico Sul, num total de 25 milhões de km². Sua parte leste estava junto da Austrália, África e Índia, quando, há 200 milhões de anos, se chocou com placas menores que formava o lado leste.
Placa Indo-australiana - Com 45 milhões de km² esse bloco sustenta a Índia, Austrália, a Nova Zelândia e a maior parte do Oceano índico. Ruma velozmente para o norte e se choca com o subcontinente indiano e a Ásia, e sua borda nordeste bate na placa das Filipinas, criando novas ilhas.
Placa Eurasiática-ocidental - Com uma área de 600 milhões de km², sustenta a Europa, parte da Ásia, do Atlântico norte e do Mar Mediterrâneo. Na trombada com a placa Indo-australiana nasceu o Himalaia, no Sul da Ásia, que abriga mais de cem montanhas com mais de 7 mil metros de altitude.
Placa Eurasiática Oriental - Possui 40 milhões de km², e se movimenta para o leste, chocando-se com a placa das Filipinas e com a do Pacífico, na região onde se situa o Japão.
Placa das Filipinas - Possui 7 milhões de km²; concentra em seus limites quase a metade dos vulcões ativos do planeta. Colide com a placa Eurasiática Oriental, causando grandes terremotos e erupções vulcânicas.
(Foto e pesquisa: internet)