O meu caminho é de pedras,
Como elas invadem meu destino!
Sem luz, à sombra de tudo,
Sou eu em meu caminho!
A luz das estrelas não me fascina,
Sou menina perdida em mim;
Vago pela sombra da vida,
E nem minha sombra gosta de mim...
Se tenho a sorte comigo,
Sou cega, não a vejo;
Ando olhando o chão traiçoeiro,
Pois eu sou cheia de pejo...
Meu caminho somente eu devo seguir,
Pois que me leva a lugar nenhum!
Se alguém um dia vier me seguir,
Vai desistir de ser comigo apenas um!
Pois andarilha sou desta vida,
Como circense, nos trapézios quero viver;
Dormindo hoje aqui, amanhã, ali,
Vagando pelas ruas qual mendiga perdida!
(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)
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