terça-feira, 29 de janeiro de 2013
A morte não é nada (Santo Agostinho)
"A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
Como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
Continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria fora de teus pensamentos,
Apenas porque estou fora de tua vista ?
Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
E nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas e se me amas,
Não chores mais.
(Poesia: Santo Agostinho - Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)
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