Pelo curto tempo que você sumiu
Nota-se aparentemente que você subiu
Mas o que eu soube a seu respeito
Me entristeceu, ouvi dizer
Que pra subir, você desceu, você desceu.
Todo mundo quer subir
A concepção da vida admite
Ainda mais quando a subida
Tem o céu como limite.
Por isso, não adianta
Estar no mais alto degrau da fama
Com a moral toda enterrada na lama.
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Nogueira/Paulo César Pinheiro
Disco: Canto das três raças - 1976
EMI-Odeon XSMOFB 3915
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Juízo final: letra - Música de Clara Nunes
O Sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente.
É o juízo final
A história do Bem e do Mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Nelson Cavaquinho/Élcio Soares
Disco: Claridade - 1975
Odeon XSMOFB 3884
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente.
É o juízo final
A história do Bem e do Mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Nelson Cavaquinho/Élcio Soares
Disco: Claridade - 1975
Odeon XSMOFB 3884
Jogo de Angola: letra - Música de Clara Nunes
No tempo em que o negro chegava
Fechado em gaiola
Nasceu no Brasil
Quilombo e quilombola
E todo dia negro fugia
Juntando a corriola.
De estalo de açoite, de ponta de faca
E zunido de bala
Negro voltava pra Angola
No meio da senzala.
E ao som do tambor primitivo,
Berimbau, maharaquê e viola
Negro gritava: “abre ala!”
Vai ter jogo de Angola.
Perna de brigar, Camará,
Perna de brigar, olê...
Ferro de furar, Camará,
Ferro de furar, olê...
Arma de atirar, Camará,
Arma de atirar, olé... Olê...
Dança guerreira,
Corpo do negro é de mola,
Na capoeira, negro embola e desembola.
E a dança que era uma festa
Do dono da terra
Virou a principal defesa do negro na guerra,
Pelo que se chamou “libertação”.
E por toda força, coragem, rebeldia
Louvado será todo dia
Esse povo cantar e lembrar
O jogo de Angola
Na escravidão do Brasil.
Perna de brigar, Camará,
Perna de brigar, olê...
Ferro de furar, Camará,
Ferro de furar, olê...
Arma de atirar, Camará,
Arma de atirar, olê... Olê... (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon - 062 421096
Fechado em gaiola
Nasceu no Brasil
Quilombo e quilombola
E todo dia negro fugia
Juntando a corriola.
De estalo de açoite, de ponta de faca
E zunido de bala
Negro voltava pra Angola
No meio da senzala.
E ao som do tambor primitivo,
Berimbau, maharaquê e viola
Negro gritava: “abre ala!”
Vai ter jogo de Angola.
Perna de brigar, Camará,
Perna de brigar, olê...
Ferro de furar, Camará,
Ferro de furar, olê...
Arma de atirar, Camará,
Arma de atirar, olé... Olê...
Dança guerreira,
Corpo do negro é de mola,
Na capoeira, negro embola e desembola.
E a dança que era uma festa
Do dono da terra
Virou a principal defesa do negro na guerra,
Pelo que se chamou “libertação”.
E por toda força, coragem, rebeldia
Louvado será todo dia
Esse povo cantar e lembrar
O jogo de Angola
Na escravidão do Brasil.
Perna de brigar, Camará,
Perna de brigar, olê...
Ferro de furar, Camará,
Ferro de furar, olê...
Arma de atirar, Camará,
Arma de atirar, olê... Olê... (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon - 062 421096
Jardim da solidão: letra - Música de Clara Nunes
Me enganei redondamente
Com você, oh, flor,
Pois pensava francamente
Que era puro o seu amor!
Só depois que descobri
Que era tudo falsidade;
Prefiro viver tão sozinho,
Porque seu carinho não é de verdade.
Havia flores enfeitando meu jardim,
Gorjeando a passarada;
Era tudo para mim,
Mas vieram os dissabores,
Frutos de uma traição,
Murcharam todas as flores
No jardim da solidão.
Hoje vivo implorando
De joelhos ao criador
Para esquecer a mágoa
Que sinto em meu peito por um falso amor.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Monarco
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
Com você, oh, flor,
Pois pensava francamente
Que era puro o seu amor!
Só depois que descobri
Que era tudo falsidade;
Prefiro viver tão sozinho,
Porque seu carinho não é de verdade.
Havia flores enfeitando meu jardim,
Gorjeando a passarada;
Era tudo para mim,
Mas vieram os dissabores,
Frutos de uma traição,
Murcharam todas as flores
No jardim da solidão.
Hoje vivo implorando
De joelhos ao criador
Para esquecer a mágoa
Que sinto em meu peito por um falso amor.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Monarco
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
sábado, 17 de junho de 2017
Iracema: letra - Música de Clara Nunes
Iracema,
Eu nunca mais eu te vi,
Iracema, meu grande amor, foi embora;
Chorei, eu chorei de dor porque,
Iracema, meu grande amor foi você.
Iracema,
Eu sempre dizia:
“cuidado ao atravessar essas ruas”,
Eu falava
Mas você não me escutava, não;
Iracema,
Você atravessou contramão.
E hoje ela vive lá no céu,
E ela vive
Bem juntinho de Nosso senhor;
De lembranças
Guardo somente suas meias e seus sapatos;
Iracema, eu perdi o seu retrato.
(Iracema, fartavam vinte dias pro nosso casamento,
Que nóis ia se casá,
Você atravessô a São João,
Vem um carro, te pega
E te pincha no chão.
Você foi pra assistência,
Iracema,
O chofer não teve curpa, Iracema,
Paciência, Iracema, paciência!)
E hoje ela vive lá no céu,
Bem juntinho de Nosso Senhor;
De lembranças
Guardo somente suas meias e seus sapatos;
Iracema, eu perdi o seu retrato.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Adoniran Barbosa
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon 062 421096
Eu nunca mais eu te vi,
Iracema, meu grande amor, foi embora;
Chorei, eu chorei de dor porque,
Iracema, meu grande amor foi você.
Iracema,
Eu sempre dizia:
“cuidado ao atravessar essas ruas”,
Eu falava
Mas você não me escutava, não;
Iracema,
Você atravessou contramão.
E hoje ela vive lá no céu,
E ela vive
Bem juntinho de Nosso senhor;
De lembranças
Guardo somente suas meias e seus sapatos;
Iracema, eu perdi o seu retrato.
(Iracema, fartavam vinte dias pro nosso casamento,
Que nóis ia se casá,
Você atravessô a São João,
Vem um carro, te pega
E te pincha no chão.
Você foi pra assistência,
Iracema,
O chofer não teve curpa, Iracema,
Paciência, Iracema, paciência!)
E hoje ela vive lá no céu,
Bem juntinho de Nosso Senhor;
De lembranças
Guardo somente suas meias e seus sapatos;
Iracema, eu perdi o seu retrato.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Adoniran Barbosa
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon 062 421096
Insensatez: letra - Música de Clara Nunes
A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, por que você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração
Quem nunca amou
Não merece ser amado.
Vai, meu coração, ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão,
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração,
Pede perdão
Perdão apaixonado
Vai, porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Antônio Carlos Jobim/Vinícius de Morais
Disco: Clara canta Tom e Chico - 1968
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, por que você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração
Quem nunca amou
Não merece ser amado.
Vai, meu coração, ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão,
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração,
Pede perdão
Perdão apaixonado
Vai, porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Antônio Carlos Jobim/Vinícius de Morais
Disco: Clara canta Tom e Chico - 1968
Ilu-ayê: letra - Música de Clara Nunes
Ilu-ayê, Ilu-ayê, odara,
Negro cantava na nação Nagô,
Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua Ilu-ayê.
Tempo passou
E no terreirão da casa grande
Negro diz tudo que pode dizer;
É samba, é batuque, é reza,
É dança, é ladainha;
Negro joga capoeira e faz louvação à rainha. (Bis)
Hoje negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo,
Desfilando na avenida;
Negro é sensacional,
É toda a festa de um povo,
É o dono do carnaval.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Norival Reis/Cabana
Disco: Clara Clarice Clara - 1972
Odeon - MOFB 3709
Negro cantava na nação Nagô,
Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua Ilu-ayê.
Tempo passou
E no terreirão da casa grande
Negro diz tudo que pode dizer;
É samba, é batuque, é reza,
É dança, é ladainha;
Negro joga capoeira e faz louvação à rainha. (Bis)
Hoje negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo,
Desfilando na avenida;
Negro é sensacional,
É toda a festa de um povo,
É o dono do carnaval.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Norival Reis/Cabana
Disco: Clara Clarice Clara - 1972
Odeon - MOFB 3709
Ijexá: letra - Música de Clara Nunes
Filhos de Gandhi, badauê,
Ilê-aiyê, male-dabalê, otum-obá
Tem um mistério que bate no coração,
Força de uma canção
Que tem o dom de encantar.
Seu brilho parece um Sol derramado,
Um céu prateado, um mar de estrelas;
Revela a leveza de um povo sofrido,
De rara beleza,
Que vive cantando profunda grandeza.
A sua riqueza vem lá do passado,
De lá do congado,
Eu tenho certeza.
Filhas de Gandhi, ê, povo grande!
Ojuladê, catendê, baba-obá;
Netos de Gandhi, povo de Zâmbi,
Traz pra você um novo som: ijexá.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Edil Pacheco
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Ilê-aiyê, male-dabalê, otum-obá
Tem um mistério que bate no coração,
Força de uma canção
Que tem o dom de encantar.
Seu brilho parece um Sol derramado,
Um céu prateado, um mar de estrelas;
Revela a leveza de um povo sofrido,
De rara beleza,
Que vive cantando profunda grandeza.
A sua riqueza vem lá do passado,
De lá do congado,
Eu tenho certeza.
Filhas de Gandhi, ê, povo grande!
Ojuladê, catendê, baba-obá;
Netos de Gandhi, povo de Zâmbi,
Traz pra você um novo som: ijexá.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Edil Pacheco
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Hora de chegar: Letra - Música de Clara Nunes
Estrada do luar no mar,
Convite a caminhar;
Não sei aonde vou, mas sei o que quero.
Fico esperando...
Ondas cantam na areia,
Areia vai pro mar
E o vento vem de lá.
O tempo passou,
À beira-mar fiquei;
Amanheceu... Negra companheira...
E agora a Lua é tão distante
Que a estrada não se vê,
Mas de fé sou feita;
Estou certa, amigo, o barco vai voltar,
Minha hora vai chegar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Jorge Martins/Carlos Alberto
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon - MOFB 3594
Convite a caminhar;
Não sei aonde vou, mas sei o que quero.
Fico esperando...
Ondas cantam na areia,
Areia vai pro mar
E o vento vem de lá.
O tempo passou,
À beira-mar fiquei;
Amanheceu... Negra companheira...
E agora a Lua é tão distante
Que a estrada não se vê,
Mas de fé sou feita;
Estou certa, amigo, o barco vai voltar,
Minha hora vai chegar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Jorge Martins/Carlos Alberto
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon - MOFB 3594
Homenagem à velha guarda: letra - Música de Clara Nunes
Um chorinho me traz muitas recordações
Quando o som dos regionais
Invadia os salões,
E era sempre um clima de festa
Se fazia serestas
Parando nos portões
Quando havia os balcões
Sob a luz da Lua
E a chama dos lampiões a gás
Clareando os serões
Sempre com gentis casais
Como os anfitriões
E era uma gente tão honesta
Em casinhas modestas
Com seus caramanchões
Reunindo os chorões
Era uma flauta de prata
A chorar serenatas, modinhas, canções,
Pandeiro, um cavaquinho e dois violões
Um bandolim bonito e um violão sete cordas
Fazendo desenhos nos bordões
Um clarinete suave
E um trombone no grave a arrastar os corações
Piano era o do tempo do Odeon
De vez em quando um sax-tenor
E a abertura do fole imortal do acordeom
Mas já são pra nós
Meras evocações
Tudo ficou pra trás
Passou nos carrilhões
Quase ninguém se manifesta
Pouca coisa hoje resta
Lembrando os tempos dessas reuniões.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Paulo César Pinheiro/João Nogueira
Disco: As fforças da natureza - 1977
Odeon - XSMOFB 3946
Quando o som dos regionais
Invadia os salões,
E era sempre um clima de festa
Se fazia serestas
Parando nos portões
Quando havia os balcões
Sob a luz da Lua
E a chama dos lampiões a gás
Clareando os serões
Sempre com gentis casais
Como os anfitriões
E era uma gente tão honesta
Em casinhas modestas
Com seus caramanchões
Reunindo os chorões
Era uma flauta de prata
A chorar serenatas, modinhas, canções,
Pandeiro, um cavaquinho e dois violões
Um bandolim bonito e um violão sete cordas
Fazendo desenhos nos bordões
Um clarinete suave
E um trombone no grave a arrastar os corações
Piano era o do tempo do Odeon
De vez em quando um sax-tenor
E a abertura do fole imortal do acordeom
Mas já são pra nós
Meras evocações
Tudo ficou pra trás
Passou nos carrilhões
Quase ninguém se manifesta
Pouca coisa hoje resta
Lembrando os tempos dessas reuniões.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Paulo César Pinheiro/João Nogueira
Disco: As fforças da natureza - 1977
Odeon - XSMOFB 3946
Homenagem à Olinda, Recife e Pai Edu: letra - Música de Clara Nunes
Eu ‘tava na beira da praia
Ouvindo as pancadas das ondas do mar
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá.
E no Recife um rapaz me perguntou
Se na ciranda que eu vou
Se tinha muitas morenas
Eu disse tem louras, morenas, mulatas
Dessas que a morte mata e depois chora por pena.
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá.
Mandei fazer uma casa de farinha
Bem maneirinha que o vento possa levar
Oi, para o Sol, oi, para a chuva, oi, para o vento
Só não para o movimento da ciranda rodar.
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá.
Quando pego na minha caixa de guerra
Cirandeira, sua saudade me serra.
Ó cirandeira do meu coração
Meu avião vai pousar em outras terras.
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Baracho
Disco: Clara Nunes - 1973
Odeon SMOFB 3767
Ouvindo as pancadas das ondas do mar
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá.
E no Recife um rapaz me perguntou
Se na ciranda que eu vou
Se tinha muitas morenas
Eu disse tem louras, morenas, mulatas
Dessas que a morte mata e depois chora por pena.
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá.
Mandei fazer uma casa de farinha
Bem maneirinha que o vento possa levar
Oi, para o Sol, oi, para a chuva, oi, para o vento
Só não para o movimento da ciranda rodar.
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá.
Quando pego na minha caixa de guerra
Cirandeira, sua saudade me serra.
Ó cirandeira do meu coração
Meu avião vai pousar em outras terras.
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Baracho
Disco: Clara Nunes - 1973
Odeon SMOFB 3767
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Guerreiro de Oxalá: letra - Música de Clara Nunes
A umbanda de Oxalá
Tem mandinga, tem obá;
São Jorge, Ogum Jerê
É guerreiro de Oxalá.
Lalaiá... Lalaiá...
É guerreiro de Oxalá (Bis)
Vou partir por uma estrada
Mas não sei onde chegar;
Nos braços da bem-amada
É que eu quero descansar.
Meu amor vem lá do fundo,
Tem querência de valor;
A grandeza desse mundo
É menor que o meu amor.
No meu céu tem mais estrelas,
No meu campo tem mais flor;
Só quem ama pode vê-las,
Só quem é feito de amor.
A rolar um doce pranto,
Uma lágrima sentida;
Acordar com um beijo santo
Minha bela adormecida.
Jerê, Jerê, Jerê, obá
Jerê de umbanda de Oxalá
Ogum guerreiro, cavaleiro,
Lua Cheia é seu gongá;
Jerê, obá. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: Carlos Imperial
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon MOFB 3594
Tem mandinga, tem obá;
São Jorge, Ogum Jerê
É guerreiro de Oxalá.
Lalaiá... Lalaiá...
É guerreiro de Oxalá (Bis)
Vou partir por uma estrada
Mas não sei onde chegar;
Nos braços da bem-amada
É que eu quero descansar.
Meu amor vem lá do fundo,
Tem querência de valor;
A grandeza desse mundo
É menor que o meu amor.
No meu céu tem mais estrelas,
No meu campo tem mais flor;
Só quem ama pode vê-las,
Só quem é feito de amor.
A rolar um doce pranto,
Uma lágrima sentida;
Acordar com um beijo santo
Minha bela adormecida.
Jerê, Jerê, Jerê, obá
Jerê de umbanda de Oxalá
Ogum guerreiro, cavaleiro,
Lua Cheia é seu gongá;
Jerê, obá. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: Carlos Imperial
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon MOFB 3594
Guerreira: letra - Música de Clara Nunes
Se vocês querem saber quem eu sou
Eu sou a tal mineira
Filha de Angola, de Ketu e Nagô
Não sou de brincadeira
Canto pelos sete cantos
Não temo quebrantos
Porque eu sou guerreira.
Dentro do samba eu nasci
Me criei, me converti
E ninguém vai tomar a minha bandeira.
Bole com o samba que eu caio
E balanço o balaio
No som dos tantãs
Rebolo que deito e que rolo
E me embalo e me embolo
Nos balangandãs
Bambeia de lá que eu bambeio
Nesse bamboleio
Que eu sou bam-bam-bam
Que o samba não tem cambalacho
E vai de cima embaixo
Pra quem é seu fã
Que eu sambo pela noite inteira
Até amanhã de manhã
Sou a mineira guerreira
Filha de Ogum com Iansã.
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Nogueira/Paulo César Pinheiro
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon XSMOFB 3949
Eu sou a tal mineira
Filha de Angola, de Ketu e Nagô
Não sou de brincadeira
Canto pelos sete cantos
Não temo quebrantos
Porque eu sou guerreira.
Dentro do samba eu nasci
Me criei, me converti
E ninguém vai tomar a minha bandeira.
Bole com o samba que eu caio
E balanço o balaio
No som dos tantãs
Rebolo que deito e que rolo
E me embalo e me embolo
Nos balangandãs
Bambeia de lá que eu bambeio
Nesse bamboleio
Que eu sou bam-bam-bam
Que o samba não tem cambalacho
E vai de cima embaixo
Pra quem é seu fã
Que eu sambo pela noite inteira
Até amanhã de manhã
Sou a mineira guerreira
Filha de Ogum com Iansã.
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Nogueira/Paulo César Pinheiro
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon XSMOFB 3949
Grande amor: letra - Música de Clara Nunes
Um grande amor
Sempre tem melancolia,
Tem tristeza e alegria
Num mundo de ilusão.
Num grande amor
Tem de tudo um bocadinho: (Bis)
Tem ternura e tem carinho,
Tem castigo e tem perdão.
Se o amor se vai, saudade vem,
Um novo amor virá também;
Se alguém brigou, sorriu, cantou, (Bis)
Feliz ficou;
Se amou demais, perdeu a paz,
Chorou, chorou...
Canta: Clara Nunes
Compositor: Martinho da Vila
Disco: Você passa eu acho graça - 1968
Odeon MOFB 3557
Sempre tem melancolia,
Tem tristeza e alegria
Num mundo de ilusão.
Num grande amor
Tem de tudo um bocadinho: (Bis)
Tem ternura e tem carinho,
Tem castigo e tem perdão.
Se o amor se vai, saudade vem,
Um novo amor virá também;
Se alguém brigou, sorriu, cantou, (Bis)
Feliz ficou;
Se amou demais, perdeu a paz,
Chorou, chorou...
Canta: Clara Nunes
Compositor: Martinho da Vila
Disco: Você passa eu acho graça - 1968
Odeon MOFB 3557
Graças a Deus: letra - Música de Clara Nunes
Quando quiseres
Podes voltar aos braços meus
E eu te direi: “muito abrigada,
Graças a Deus”.
Não falarei dos teus defeitos
Nem tu dos meus
E viveremos muito felizes,
Graças a Deus.
Quero sentir-me
Bem envolvida nos teus braços;
Meu corpo é feito sob medida
Para os teus braços.
Quero poder
Juntar meus lábios aos lábios teus
E entre dois beijos dizer baixinho:
“Graças a Deus”. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: Fernando César
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon MOFB 3594
Podes voltar aos braços meus
E eu te direi: “muito abrigada,
Graças a Deus”.
Não falarei dos teus defeitos
Nem tu dos meus
E viveremos muito felizes,
Graças a Deus.
Quero sentir-me
Bem envolvida nos teus braços;
Meu corpo é feito sob medida
Para os teus braços.
Quero poder
Juntar meus lábios aos lábios teus
E entre dois beijos dizer baixinho:
“Graças a Deus”. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: Fernando César
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon MOFB 3594
Gente boa: letra - Música de Clara Nunes
Oh! Gente boa
Eu já vou me embora
Quem chora nessa hora
É quem vai ficar.
Quem vai na frente
Fica na lembrança,
Se deixa esperança de voltar.
E lá vou eu por esse mundo afora,
Eu vou agora, que é hora de ir;
Vou levando mais uma história,
Vou contar lá fora pro povo me ouvir.
Eu vou contar de saia de chita
De uma moça tão bonita, de um violão;
Vi tristeza danada a fugir envergonhada
Pra longe de um coração.
Conto ainda como é que a saudade
É felicidade pra quem sabe amar;
Só não conto o fim da história
Que é de ficar pra hora em que eu voltar.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Willian Prado
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon MOFB 3594
Eu já vou me embora
Quem chora nessa hora
É quem vai ficar.
Quem vai na frente
Fica na lembrança,
Se deixa esperança de voltar.
E lá vou eu por esse mundo afora,
Eu vou agora, que é hora de ir;
Vou levando mais uma história,
Vou contar lá fora pro povo me ouvir.
Eu vou contar de saia de chita
De uma moça tão bonita, de um violão;
Vi tristeza danada a fugir envergonhada
Pra longe de um coração.
Conto ainda como é que a saudade
É felicidade pra quem sabe amar;
Só não conto o fim da história
Que é de ficar pra hora em que eu voltar.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Willian Prado
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon MOFB 3594
Garoa de subúrbio: letra - Música de Clara Nunes
Vou pela rua andando à toa,
Sobre mim cai a garoa
Estragando o paletó,
E cada pedra, cada passo
Do calçamento onde eu passo
Me recorda que estou só.
Naquele morro tão distante
Lá pras bandas do levante
Onde o Sol bate primeiro
Deve estar por certo adormecida
A razão da minha vida,
Da vida do meu pandeiro.
Lembro da mulata espreguiçando no batente,
Assobiando no mesmo tom dos pardais;
Hoje sem amor e sem vontade
Sou escravo da saudade,
Parceiro do “nunca mais”.
E a garoa mansa do subúrbio
Se transforma num dilúvio,
E eu não quero me abrigar;
Corre a chuva triste em minha face,
Peço a Deus que ela não passe
Pra ninguém me ver chorar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: César costa Filho/Aldir Blanc
Disco: Clara Nunes - 1971
Odeon MOFB 3667
Sobre mim cai a garoa
Estragando o paletó,
E cada pedra, cada passo
Do calçamento onde eu passo
Me recorda que estou só.
Naquele morro tão distante
Lá pras bandas do levante
Onde o Sol bate primeiro
Deve estar por certo adormecida
A razão da minha vida,
Da vida do meu pandeiro.
Lembro da mulata espreguiçando no batente,
Assobiando no mesmo tom dos pardais;
Hoje sem amor e sem vontade
Sou escravo da saudade,
Parceiro do “nunca mais”.
E a garoa mansa do subúrbio
Se transforma num dilúvio,
E eu não quero me abrigar;
Corre a chuva triste em minha face,
Peço a Deus que ela não passe
Pra ninguém me ver chorar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: César costa Filho/Aldir Blanc
Disco: Clara Nunes - 1971
Odeon MOFB 3667
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Fuzuê: letra - Música de Clara Nunes
Berimbau batia,
Cabaça gemia,
Moeda corria,
Eu queria pular, rah! Rah!
Eu queria pular, rah! Rah!
Escrevi meu nome num fio de arame
E quem quer que me chame
Vai ter que gritar:
Eh, Camará! Eh, Camará!
Eh, fuzuê!
Parede de barro não vai me prender! (4x)
Maria Macamba
Perdeu a caçamba num cateretê,
Sambou noite e dia
Que até parecia que ia morrer;
Nasceu num quilombo,
Aprendeu levar tombo num canjerê.
Foi de cesta no lombo
Com água e pitombo
Trocar por dendê, fuzuê.
Eh, fuzuê!
Parede de barro não vai me prender! (4x)
Tinha um pé de coqueiro
Cobrindo o terreiro
De onde eu nasci;
Eu vi que o coco era oco
E valia tão pouco
Para se subir,
Mas eu com um taco de toco
Tocava no coco
Pro coco cair
E pegava no coco,
Quebrava com um soco
Sem repetir, fuzuê!
Eh, fuzuê! Parede de barro não vai me prender! (4x)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Romildo/Toninho
Disco: Canto das três raças - 1976
EMI-Odeon - XSMOFB 3915
Cabaça gemia,
Moeda corria,
Eu queria pular, rah! Rah!
Eu queria pular, rah! Rah!
Escrevi meu nome num fio de arame
E quem quer que me chame
Vai ter que gritar:
Eh, Camará! Eh, Camará!
Eh, fuzuê!
Parede de barro não vai me prender! (4x)
Maria Macamba
Perdeu a caçamba num cateretê,
Sambou noite e dia
Que até parecia que ia morrer;
Nasceu num quilombo,
Aprendeu levar tombo num canjerê.
Foi de cesta no lombo
Com água e pitombo
Trocar por dendê, fuzuê.
Eh, fuzuê!
Parede de barro não vai me prender! (4x)
Tinha um pé de coqueiro
Cobrindo o terreiro
De onde eu nasci;
Eu vi que o coco era oco
E valia tão pouco
Para se subir,
Mas eu com um taco de toco
Tocava no coco
Pro coco cair
E pegava no coco,
Quebrava com um soco
Sem repetir, fuzuê!
Eh, fuzuê! Parede de barro não vai me prender! (4x)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Romildo/Toninho
Disco: Canto das três raças - 1976
EMI-Odeon - XSMOFB 3915
Foi ele: letra - Música de Clara Nunes
Só pra você sorrir
Fiz uma canção, dizendo:
“Mesmo longe, até morrendo,
Estou perto de você...”
Guardo nossa rosa amarela
E a canção é só aquela
Que não vai deixar você morrer.
Foi ele quem me deu a mão,
Foi ele, fez minha canção, foi ele,
Foi ele quem me ensinou a cantar.
Foi ele quem me abraçou,
Foi ele quem me abençoou, foi ele,
Foi ele quem me ensinou a caminhar.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Carlos imperial
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon - MOFB 3594
Fiz uma canção, dizendo:
“Mesmo longe, até morrendo,
Estou perto de você...”
Guardo nossa rosa amarela
E a canção é só aquela
Que não vai deixar você morrer.
Foi ele quem me deu a mão,
Foi ele, fez minha canção, foi ele,
Foi ele quem me ensinou a cantar.
Foi ele quem me abraçou,
Foi ele quem me abençoou, foi ele,
Foi ele quem me ensinou a caminhar.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Carlos imperial
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon - MOFB 3594
Fim de caso: letra - Música de Clara Nunes
Eu desconfio que o nosso caso
Está na hora de acabar;
Há um adeus em cada gesto, em cada olhar,
Mas nós não temos é coragem de falar.
Nós já tivemos a nossa fase
De carinhos apaixonados,
De fazer versos, de viver sempre abraçados,
Naquela base do “só vou se você for”.
Mas, de repente,
Fomos ficando cada dia mais sozinhos,
Embora juntos, cada qual tem seu caminho
E já não temos nem coragem de brigar.
Tenho pensado,
E Deus permita que eu esteja errada,
Mas eu estou, estou desconfiada
Que o nosso caso está na hora de acabar.
Mas, de repente,
Fomos ficando cada dia mais sozinhos,
Embora juntos, cada qual tem seu caminho
E já não temos nem coragem de brigar.
Tenho pensado,
E Deus permita que eu esteja errada,
Mas eu estou, estou desconfiada
Que o nosso caso está na hora de acabar.
Canta: Clara Nunes
Compositora: Dolores Duran
Disco: Brasileiro profissão esperança - 1974
Odeon - SMOFB 3838
Está na hora de acabar;
Há um adeus em cada gesto, em cada olhar,
Mas nós não temos é coragem de falar.
Nós já tivemos a nossa fase
De carinhos apaixonados,
De fazer versos, de viver sempre abraçados,
Naquela base do “só vou se você for”.
Mas, de repente,
Fomos ficando cada dia mais sozinhos,
Embora juntos, cada qual tem seu caminho
E já não temos nem coragem de brigar.
Tenho pensado,
E Deus permita que eu esteja errada,
Mas eu estou, estou desconfiada
Que o nosso caso está na hora de acabar.
Mas, de repente,
Fomos ficando cada dia mais sozinhos,
Embora juntos, cada qual tem seu caminho
E já não temos nem coragem de brigar.
Tenho pensado,
E Deus permita que eu esteja errada,
Mas eu estou, estou desconfiada
Que o nosso caso está na hora de acabar.
Canta: Clara Nunes
Compositora: Dolores Duran
Disco: Brasileiro profissão esperança - 1974
Odeon - SMOFB 3838
segunda-feira, 12 de junho de 2017
Festa para um rei negro: letra - Música de Clara Nunes
Ôlêlê, ôlalá,
Pega no ganzê, pega no ganzá. (Bis)
Nos anais da nossa história
Vamos encontrar
Personagens de outrora
Que iremos recordar
Sua vida, sua glória,
Seu passado imortal.
Que beleza
A nobreza do tempo colonial!
Ôlêlê, ôlalá,
Pega no ganzê, pega no ganzá. (Bis)
Hoje tem, hoje tem festa na aldeia,
Quem quiser pode chegar;
Tem reisado a noite inteira
E fogueira pra queimar.
Nosso rei chegou de longe,
Pra poder nos visitar;
Que beleza
A nobreza que visita o Gongá!
Ôlêlê, ôlalá,
Pega no ganzê, prega no ganzá. (Bis)
Senhora, senhora dona de casa
Traz seu filho pra cantar
Para o rei que vem de longe
Pra poder nos visitar.
Esta noite ninguém chora,
E ninguém pode chorar.
Que beleza
A nobreza que visita o Gongá!
Ôlêlê, ôlalá,
Pega no ganzê, pega no ganzá. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: Zuzuca
Disco: Clara Nunes – 1971
Odeon MOFB 3667
Pega no ganzê, pega no ganzá. (Bis)
Nos anais da nossa história
Vamos encontrar
Personagens de outrora
Que iremos recordar
Sua vida, sua glória,
Seu passado imortal.
Que beleza
A nobreza do tempo colonial!
Ôlêlê, ôlalá,
Pega no ganzê, pega no ganzá. (Bis)
Hoje tem, hoje tem festa na aldeia,
Quem quiser pode chegar;
Tem reisado a noite inteira
E fogueira pra queimar.
Nosso rei chegou de longe,
Pra poder nos visitar;
Que beleza
A nobreza que visita o Gongá!
Ôlêlê, ôlalá,
Pega no ganzê, prega no ganzá. (Bis)
Senhora, senhora dona de casa
Traz seu filho pra cantar
Para o rei que vem de longe
Pra poder nos visitar.
Esta noite ninguém chora,
E ninguém pode chorar.
Que beleza
A nobreza que visita o Gongá!
Ôlêlê, ôlalá,
Pega no ganzê, pega no ganzá. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: Zuzuca
Disco: Clara Nunes – 1971
Odeon MOFB 3667
Felicidade: letra - Música de Clara Nunes
A felicidade enfim
Apareceu pra mim,
Me fez achar você, amor,
Que do meu peito nunca sai.
O dia vai, a noite cai,
Sou tão feliz com você!
Sei que nunca mais eu vou chorar,
Agora eu sei o que é amar:
Amar é gostar de você!
Canta: Clara Nunes
Compositores: Carlos imperial/Niltinho
Disco: A beleza que canta – 1969
Odeon MOFB 3594
Apareceu pra mim,
Me fez achar você, amor,
Que do meu peito nunca sai.
O dia vai, a noite cai,
Sou tão feliz com você!
Sei que nunca mais eu vou chorar,
Agora eu sei o que é amar:
Amar é gostar de você!
Canta: Clara Nunes
Compositores: Carlos imperial/Niltinho
Disco: A beleza que canta – 1969
Odeon MOFB 3594
Feitio de oração: letra - Música de Clara Nunes
Quem acha
Vive se perdendo;
Por isso agora eu vou me defendendo
Da boca cruel desta saudade
Que, por infelicidade,
Meu pobre peito invade.
Batuque é um privilégio;
Ninguém aprende samba no colégio.
Sambar é chorar de alegria,
É sorrir de nostalgia
Dentro da melodia.
Por isso agora, lá na Penha,
Eu vou botar minha morena pra cantar
Com satisfação e com harmonia
Esta triste melodia,
Que é meu samba em feitio de oração.
O samba, na realidade,
Não vem do morro nem lá da cidade,
E quem sufocar uma paixão
Sentirá que o samba então
Nasce no coração.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Noel Rosa/Vadico
Disco: A beleza que canta – 1969
Odeon – MOFB 3594
Vive se perdendo;
Por isso agora eu vou me defendendo
Da boca cruel desta saudade
Que, por infelicidade,
Meu pobre peito invade.
Batuque é um privilégio;
Ninguém aprende samba no colégio.
Sambar é chorar de alegria,
É sorrir de nostalgia
Dentro da melodia.
Por isso agora, lá na Penha,
Eu vou botar minha morena pra cantar
Com satisfação e com harmonia
Esta triste melodia,
Que é meu samba em feitio de oração.
O samba, na realidade,
Não vem do morro nem lá da cidade,
E quem sufocar uma paixão
Sentirá que o samba então
Nasce no coração.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Noel Rosa/Vadico
Disco: A beleza que canta – 1969
Odeon – MOFB 3594
domingo, 11 de junho de 2017
Feira de mangaio: letra - Música de Clara Nunes
Fumo de rolo, arreio de cangalha
Eu vim pra vender, quem quer comprar
Bolo de milho, broa e cocada,
Eu vim pra vender, quem quer comprar
Pé-de-moleque, alecrim, canela
Moleque, sai daqui, me deixa trabalhar
Seu Zé saiu correndo pra feira dos pássaros
E foi “passo” voando pra todo lugar
Tinha uma vendinha no canto da rua
Onde o mangaeiro ia se animar
Tomar uma bicada com lambu assado
E olhar pra Maria do Juá.
Cabresto de cavalo e rabichola
Eu vim pra vender, quem quer comprar
Farinha, rapadura e graviola
Eu vim pra vender, quem quer comprar
Pavio de candeeiro, panela de barro
Menina, vamo embora, tenho que voltar
Xaxar o meu roçado que nem boi de carro
Alpargata de arrasto não quer me levar
Porque tem um sanfoneiro no canto da rua
Fazendo floreio pra gente dançar
Tem Zefa de Porcina fazendo renda
E o ronco do fole sem parar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Sivuca/Glorinha Gadelha
Disco: Esperança – 1979
EMI-Odeon 062 421168
Eu vim pra vender, quem quer comprar
Bolo de milho, broa e cocada,
Eu vim pra vender, quem quer comprar
Pé-de-moleque, alecrim, canela
Moleque, sai daqui, me deixa trabalhar
Seu Zé saiu correndo pra feira dos pássaros
E foi “passo” voando pra todo lugar
Tinha uma vendinha no canto da rua
Onde o mangaeiro ia se animar
Tomar uma bicada com lambu assado
E olhar pra Maria do Juá.
Cabresto de cavalo e rabichola
Eu vim pra vender, quem quer comprar
Farinha, rapadura e graviola
Eu vim pra vender, quem quer comprar
Pavio de candeeiro, panela de barro
Menina, vamo embora, tenho que voltar
Xaxar o meu roçado que nem boi de carro
Alpargata de arrasto não quer me levar
Porque tem um sanfoneiro no canto da rua
Fazendo floreio pra gente dançar
Tem Zefa de Porcina fazendo renda
E o ronco do fole sem parar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Sivuca/Glorinha Gadelha
Disco: Esperança – 1979
EMI-Odeon 062 421168
Fala viola: letra - Música de Clara Nunes
Fala, viola,
Viola boa, danada.
O pagode quando é bom
Vai até de madrugada. (Bis)
De madrugada, o sereno vem caindo,
A moçada vai surgindo;
É que o samba fica bom.
Quando o dia amanhece
A moçada se esquece
Que tem que ir embora.
Viola boa, danada,
Diz que não chegou a hora. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Eloir Silva/Francisco Inácio
Disco: Clara Nunes – 1973
Odeon SMOFB 3946
Viola boa, danada.
O pagode quando é bom
Vai até de madrugada. (Bis)
De madrugada, o sereno vem caindo,
A moçada vai surgindo;
É que o samba fica bom.
Quando o dia amanhece
A moçada se esquece
Que tem que ir embora.
Viola boa, danada,
Diz que não chegou a hora. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Eloir Silva/Francisco Inácio
Disco: Clara Nunes – 1973
Odeon SMOFB 3946
Fado tropical: letra - Música de Clara Nunes
Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril
Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
“Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha aos olhos e sinceramente chora...”
Com avencas na caatinga
Alecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
Com rendas do Alentejo
De quem numa bravata
Arrebato um beijo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
“Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito,
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto
Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadura à proa
Mas o meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa”.
Guitarras e sanfonas
Jasmins, coqueiros, fontes, sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio amazonas
Que corre Trás-os-Montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Ruy Guerra/Chico Buarque de Holanda
Disco: As forças da natureza – 1977
EMI-Odeon XSMOFB 3946
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril
Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
“Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha aos olhos e sinceramente chora...”
Com avencas na caatinga
Alecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
Com rendas do Alentejo
De quem numa bravata
Arrebato um beijo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
“Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito,
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto
Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadura à proa
Mas o meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa”.
Guitarras e sanfonas
Jasmins, coqueiros, fontes, sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio amazonas
Que corre Trás-os-Montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Ruy Guerra/Chico Buarque de Holanda
Disco: As forças da natureza – 1977
EMI-Odeon XSMOFB 3946
sábado, 10 de junho de 2017
Eu, você e a rosa
Eu não era nada sem conhecer você;
Hoje finalmente já posso até dizer
Ao mundo, a toda gente
Que agora vivo feliz.
Eu, você e a rosa,
Eu você e o amor.
Quando... Quando você está junto de mim
Penso... Penso que um amor tão grande assim
uniu para sempre
Eu, você e a rosa,
Eu você e o amor.
E até que o mundo chegue ao seu final
Ainda estaremos nós:
Eu, você e a rosa
Juntos e felizes,
Sentindo a beleza de um imenso amor:
Eu você e a rosa.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Pace/Panzeri/Brinnit – versão: Geraldo Figueiredo
Disco: 1967
Hoje finalmente já posso até dizer
Ao mundo, a toda gente
Que agora vivo feliz.
Eu, você e a rosa,
Eu você e o amor.
Quando... Quando você está junto de mim
Penso... Penso que um amor tão grande assim
uniu para sempre
Eu, você e a rosa,
Eu você e o amor.
E até que o mundo chegue ao seu final
Ainda estaremos nós:
Eu, você e a rosa
Juntos e felizes,
Sentindo a beleza de um imenso amor:
Eu você e a rosa.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Pace/Panzeri/Brinnit – versão: Geraldo Figueiredo
Disco: 1967
Eu preciso de silêncio: letra - Música de Clara Nunes
Ouça! Eu preciso de silêncio
E mereço algum respeito,
Pois me sinto no direito
De poder pedir perdão.
Seja pra melhor o meu conselho,
Veja nele o meu espelho;
O que digo é do vermelho,
É de lá do coração.
O que importa é que abri a sua porta
E você me recebeu;
Eu andei em linhas tortas,
No seu reino eu fui plebeu.
Por amor a gente chora,
Pensa até que já morreu;
De repente chega a hora
E se vive no apogeu.
É essa hora,
É a hora mais formosa
Que a gente pode ter;
Só o relógio não dá bola,
Bota o tempo pra correr.
Apesar daquela história
De que quem parte dá adeus,
Sempre existe a meia-volta;
Quando o amor vier é pra valer.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Ivan Lins/Ronaldo Monteiro de Souza
Disco: Clara Nunes – 1973
Odeon SMOFB 3767
E mereço algum respeito,
Pois me sinto no direito
De poder pedir perdão.
Seja pra melhor o meu conselho,
Veja nele o meu espelho;
O que digo é do vermelho,
É de lá do coração.
O que importa é que abri a sua porta
E você me recebeu;
Eu andei em linhas tortas,
No seu reino eu fui plebeu.
Por amor a gente chora,
Pensa até que já morreu;
De repente chega a hora
E se vive no apogeu.
É essa hora,
É a hora mais formosa
Que a gente pode ter;
Só o relógio não dá bola,
Bota o tempo pra correr.
Apesar daquela história
De que quem parte dá adeus,
Sempre existe a meia-volta;
Quando o amor vier é pra valer.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Ivan Lins/Ronaldo Monteiro de Souza
Disco: Clara Nunes – 1973
Odeon SMOFB 3767
Eu e o Rio: letra - Música de Clara Nunes
Rio, caminho que anda,
E vai resmungando, talvez, uma dor.
Ah! Quantas pedras levaste
Outras pedras deixaste
Sem vida e amor?
Vens lá do alto da serra,
Do ventre da terra, rasgando sem dó.
Eu também venho do amor
Com o peito cansado de dor e tão só.
Não viste a flor se curvar,
Teu corpo beijar e ficar lá pra trás;
Tens a mania doente
De andar só pra frente,
Não voltas jamais.
Rio, caminho que anda,
O mar te espera, não corras assim;
Eu sou o mar, que espero
Alguém que não corre pra mim.
Canta:Clara Nunes
Compositor: Luiz Antônio (música não gravada por Clara, cantada em rádio em 1960).
E vai resmungando, talvez, uma dor.
Ah! Quantas pedras levaste
Outras pedras deixaste
Sem vida e amor?
Vens lá do alto da serra,
Do ventre da terra, rasgando sem dó.
Eu também venho do amor
Com o peito cansado de dor e tão só.
Não viste a flor se curvar,
Teu corpo beijar e ficar lá pra trás;
Tens a mania doente
De andar só pra frente,
Não voltas jamais.
Rio, caminho que anda,
O mar te espera, não corras assim;
Eu sou o mar, que espero
Alguém que não corre pra mim.
Canta:Clara Nunes
Compositor: Luiz Antônio (música não gravada por Clara, cantada em rádio em 1960).
Estrela guia: letra - Música de Clara Nunes
Ah! A estrela guia vai romper
E alguém no povo vai nascer
E o nosso tempo de chorar
Vai se acabar.
Ah! E as ruas vão resplandecer
Todos os ranchos vão descer
E as grandes marchas vão voltar
Pra se cantar.
E sob os céus do país
Não lutaremos jamais
E esse será o mais feliz
Dos carnavais.
Vão se calar os fuzis
Vão se beijar os casais
Pela esperança de um povo em paz.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Sivuca/Paulo César Pinheiro
Disco: Brasil mestiço – 1980
EMI-Odeon 062 421207
E alguém no povo vai nascer
E o nosso tempo de chorar
Vai se acabar.
Ah! E as ruas vão resplandecer
Todos os ranchos vão descer
E as grandes marchas vão voltar
Pra se cantar.
E sob os céus do país
Não lutaremos jamais
E esse será o mais feliz
Dos carnavais.
Vão se calar os fuzis
Vão se beijar os casais
Pela esperança de um povo em paz.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Sivuca/Paulo César Pinheiro
Disco: Brasil mestiço – 1980
EMI-Odeon 062 421207
Estranho amor: letra - Música de Clara Nunes
Estranho amor, regressaste;
Eu te aceito
E novamente o silêncio entre nós foi desfeito;
Vinhas buscar em meus braços
A ternura de outrora.
Estranho amor vingativo
Que me consome e devora;
Estranho amor, regressaste;
Eu te aceito,
Pois minhas noites são longas
E os meus dias são vazios;
Perto de ti sofro muito,
Longe de ti sofro mais;
Somos iguais:
Vivemos do ódio e do amor.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Garoto/David Nasser
Disco: A voz adorável de Clara Nunes – 1966
Odeon – MOFB 3455
Eu te aceito
E novamente o silêncio entre nós foi desfeito;
Vinhas buscar em meus braços
A ternura de outrora.
Estranho amor vingativo
Que me consome e devora;
Estranho amor, regressaste;
Eu te aceito,
Pois minhas noites são longas
E os meus dias são vazios;
Perto de ti sofro muito,
Longe de ti sofro mais;
Somos iguais:
Vivemos do ódio e do amor.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Garoto/David Nasser
Disco: A voz adorável de Clara Nunes – 1966
Odeon – MOFB 3455
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Estrada do sol: letra - Música de Clara Nunes
É de manhã,
Vem o Sol, mas os pingos da chuva
Que ontem caiu
Ainda estão a brilhar,
Ainda estão a bailar
Ao vento alegre que me traz essa canção!
Quero que você me dê a mão
Que eu vou sair por aí
Sem pensar no que foi que sonhei,
Que chorei, que sofri,
Pois a nossa canção já me fez esquecer!
Me dê a mão,
Vamos sair pra ver o Sol!
Canta: Clara Nunes
Compositores: Dolores Duran/Tom Jobim
Disco: Brasileiro profissão esperança – 1974
Odeon SMOFB 3838
Vem o Sol, mas os pingos da chuva
Que ontem caiu
Ainda estão a brilhar,
Ainda estão a bailar
Ao vento alegre que me traz essa canção!
Quero que você me dê a mão
Que eu vou sair por aí
Sem pensar no que foi que sonhei,
Que chorei, que sofri,
Pois a nossa canção já me fez esquecer!
Me dê a mão,
Vamos sair pra ver o Sol!
Canta: Clara Nunes
Compositores: Dolores Duran/Tom Jobim
Disco: Brasileiro profissão esperança – 1974
Odeon SMOFB 3838
Esse meu cantar: letra - Música de Clara Nunes
Vem de lá, de muito longe
Esse meu cantar. (Bis)
Vem lá das ruas desertas, dos bares noturnos,
Do jeito cansado, do corpo marcado
De quem já apanhou de aroeira.
Eu sou o filho mais moço
Do pai que de morto
Me deixou a rua pra eu ver o desgosto
No rosto de quem vive na poeira.
Quieto, deixa isso de lado
E vamos indo em frente
Que a cavalo dado não se olha o dente;
Resta finalmente um tempo pra cantar
Um samba rasgado, um samba dolente
Que nos feriados não vai trabalhar.
Vem de lá, de muito longe
Esse meu cantar. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: João Nogueira
Disco: Alvorecer - 1974
Odeon – SMOFB 3835
Esse meu cantar. (Bis)
Vem lá das ruas desertas, dos bares noturnos,
Do jeito cansado, do corpo marcado
De quem já apanhou de aroeira.
Eu sou o filho mais moço
Do pai que de morto
Me deixou a rua pra eu ver o desgosto
No rosto de quem vive na poeira.
Quieto, deixa isso de lado
E vamos indo em frente
Que a cavalo dado não se olha o dente;
Resta finalmente um tempo pra cantar
Um samba rasgado, um samba dolente
Que nos feriados não vai trabalhar.
Vem de lá, de muito longe
Esse meu cantar. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: João Nogueira
Disco: Alvorecer - 1974
Odeon – SMOFB 3835
Espuma congelada: letra - Música de Clara Nunes
Espuma congelada na calçada,
Já não sei de quase nada
A não ser você parada, meu amor.
Minha boca amarga,
Sinto frio, é madrugada;
Me visito como sou.
Na esteira vou deitar de brincadeira,
Vou andar na noite inteira
Procurando quem me queira
Na esquina da ladeira.
Seu amor em mim ficou
Ficou... Ficou...
Ficou no vento a minha cor
Ficou... Ficou...
Ficou no peito a minha dor.
Canta: Clara Nunes
Compositora: Piti
Disco: A beleza que canta – 1969
Odeon – MOFB 3594
Já não sei de quase nada
A não ser você parada, meu amor.
Minha boca amarga,
Sinto frio, é madrugada;
Me visito como sou.
Na esteira vou deitar de brincadeira,
Vou andar na noite inteira
Procurando quem me queira
Na esquina da ladeira.
Seu amor em mim ficou
Ficou... Ficou...
Ficou no vento a minha cor
Ficou... Ficou...
Ficou no peito a minha dor.
Canta: Clara Nunes
Compositora: Piti
Disco: A beleza que canta – 1969
Odeon – MOFB 3594
quarta-feira, 7 de junho de 2017
Esperanças perdidas: letra - Música de Clara Nunes
Quantas belezas deixadas nos cantos da vida
Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar
E quando os sonhos se tornam esperanças perdidas
Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar.
Minha beleza encontro no samba que faço,
Minha tristeza se torna um alegre cantar;
É que carrego o samba bem dentro do peito,
Sem a cadência do samba não posso ficar.
Não posso ficar, eu juro que não;
Não posso ficar, eu tenho razão:
Já fui batizado na roda de bamba,
O samba é a corda, e eu sou a caçamba. (Bis)
Quantas noites de tristeza ele me consola,
Tenho como testemunha a minha viola;
Ah! Se me faltar o samba não sei o que será,
Sem a cadência do samba não posso ficar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Davi Moreira/Nelson Custódio
Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar
E quando os sonhos se tornam esperanças perdidas
Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar.
Minha beleza encontro no samba que faço,
Minha tristeza se torna um alegre cantar;
É que carrego o samba bem dentro do peito,
Sem a cadência do samba não posso ficar.
Não posso ficar, eu juro que não;
Não posso ficar, eu tenho razão:
Já fui batizado na roda de bamba,
O samba é a corda, e eu sou a caçamba. (Bis)
Quantas noites de tristeza ele me consola,
Tenho como testemunha a minha viola;
Ah! Se me faltar o samba não sei o que será,
Sem a cadência do samba não posso ficar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Davi Moreira/Nelson Custódio
Enredo: letra - Música de Clara Nunes
Pobre de mim, pobre de ti,
Triste de quem tanto amou assim!
Ao te rever nem posso crer
Que nos olhos teus vejo um pranto igual
Ao dos olhos meus.
Eu caminhei a procurar por ti,
Tu caminhaste a se afastar de mim...
O amor é assim:
Quiseste alguém, eu quis a ti
Pra ver depois que a vida
Não pode sorrir pra nós dois.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Raul Sampaio/Benil Santos
Disco: A voz adorável de Clara Nunes
Odeon – MOFB 3455
Triste de quem tanto amou assim!
Ao te rever nem posso crer
Que nos olhos teus vejo um pranto igual
Ao dos olhos meus.
Eu caminhei a procurar por ti,
Tu caminhaste a se afastar de mim...
O amor é assim:
Quiseste alguém, eu quis a ti
Pra ver depois que a vida
Não pode sorrir pra nós dois.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Raul Sampaio/Benil Santos
Disco: A voz adorável de Clara Nunes
Odeon – MOFB 3455
terça-feira, 6 de junho de 2017
Encontro: letra - Música de Clara Nunes
Linda esta manhã
Eu encontrei,
Vou sorrir de tudo
O que chorei;
Na esperança se esvai a dor.
Coisa mais triste
Não entender o amor,
Mesmo se alegria me faltar
Sei gostar da noite sem luar,
Pois sei que vivo em que sinto
E sei que amo e pressinto
Que além de tudo
Me resta a vida e você.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Álvaro Santos
Disco: A voz adorável de Clara Nunes – 1966
Odeon MOFB 3455
Eu encontrei,
Vou sorrir de tudo
O que chorei;
Na esperança se esvai a dor.
Coisa mais triste
Não entender o amor,
Mesmo se alegria me faltar
Sei gostar da noite sem luar,
Pois sei que vivo em que sinto
E sei que amo e pressinto
Que além de tudo
Me resta a vida e você.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Álvaro Santos
Disco: A voz adorável de Clara Nunes – 1966
Odeon MOFB 3455
Encontro (1968): letra - Música de Clara Nunes
Por que não chorar
Se tenho uma vontade imensa de chorar? (Bis)
Quero andar pela vida a vagar sob a chuva
De um qualquer lugar.
Por esse jardim florindo
Eu vou passando e me consumindo
Com um tardio inverno em meu coração,
Mas de braços abertos eu vou...
Sei que tem um grande amor;
Pra que fugir?
Aqui é o meu lugar,
Aqui eu vou ficar,
Sempre.
Aqui eu vou ficar pra sempre. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Elton Medeiros/Luiz Sérgio Bilheri
Disco: Você passa eu acho graça – 1968
Odeon – MOFB 3557
Se tenho uma vontade imensa de chorar? (Bis)
Quero andar pela vida a vagar sob a chuva
De um qualquer lugar.
Por esse jardim florindo
Eu vou passando e me consumindo
Com um tardio inverno em meu coração,
Mas de braços abertos eu vou...
Sei que tem um grande amor;
Pra que fugir?
Aqui é o meu lugar,
Aqui eu vou ficar,
Sempre.
Aqui eu vou ficar pra sempre. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Elton Medeiros/Luiz Sérgio Bilheri
Disco: Você passa eu acho graça – 1968
Odeon – MOFB 3557
Embala eu: letra - Música de Clara Nunes
Embala eu, embala eu,
Menininha do Gantois;
Embala pra lá, embala pra cá,
Menininha do Gantois.
Oh, dai-me a sua bênção,
– Menininha do Gantois,
Livrai-me dos inimigos
– Menininha do Gantois.
Dai-me a sua proteção
– Menininha do Gantois
Guiai os meus passos por onde eu caminhar,
Vira os olhos grandes de cima de mim
Pras ondas do mar.
Canta: Clara Nunes
Compositora: Albaléria
Disco: Canto das três raças – 1976
EMI-Odeon XSMOFB 3915
Menininha do Gantois;
Embala pra lá, embala pra cá,
Menininha do Gantois.
Oh, dai-me a sua bênção,
– Menininha do Gantois,
Livrai-me dos inimigos
– Menininha do Gantois.
Dai-me a sua proteção
– Menininha do Gantois
Guiai os meus passos por onde eu caminhar,
Vira os olhos grandes de cima de mim
Pras ondas do mar.
Canta: Clara Nunes
Compositora: Albaléria
Disco: Canto das três raças – 1976
EMI-Odeon XSMOFB 3915
Em qualquer rua de Ipanema: letra - Música de Clara Nunes
Se esquece um grande amor
Com outro amor ao lado
Lalaialaialaialaia
Na banda de Ipanema, limitado assim:
Lalaialaialaialaia.
A leste, o Arpoador; ao norte, o Corcovado;
A oeste, o pôr-do-sol;
Sul, o mar sem fim.
Lalaialaialaialaia.
Cabelo de ouro, de Sol e brisa,
No véu da onda que se desmancha,
Vale um tesouro quando desliza
A juventude sobre uma prancha
Onde há mergulho de gaivota,
Depois, voando, um peixe levando;
Na cor do mundo que não desbota,
Mesmo com chuva de vez em quando.
Lalaialaialaialaia.
Se esquece um grande amor
Com outro amor ao lado
Lalaialaialaialaia.
A mão direita do grande Cristo
Aponta o bairro tranquilamente;
É mão que enfeita, é mais que isso:
É mão que o amigo estende à gente.
Em cada canto existe um canto;
Nem tudo é tanto pra ser poema;
Até tristeza é menos triste
Em qualquer rua de Ipanema.
Lalaialaialaialaia.
Se esquece um grande amor...
A mão direita do grande Cristo...
Com outro amor ao lado
Lalaialaialaialaia
Na banda de Ipanema, limitado assim:
Lalaialaialaialaia.
A leste, o Arpoador; ao norte, o Corcovado;
A oeste, o pôr-do-sol;
Sul, o mar sem fim.
Lalaialaialaialaia.
Cabelo de ouro, de Sol e brisa,
No véu da onda que se desmancha,
Vale um tesouro quando desliza
A juventude sobre uma prancha
Onde há mergulho de gaivota,
Depois, voando, um peixe levando;
Na cor do mundo que não desbota,
Mesmo com chuva de vez em quando.
Lalaialaialaialaia.
Se esquece um grande amor
Com outro amor ao lado
Lalaialaialaialaia.
A mão direita do grande Cristo
Aponta o bairro tranquilamente;
É mão que enfeita, é mais que isso:
É mão que o amigo estende à gente.
Em cada canto existe um canto;
Nem tudo é tanto pra ser poema;
Até tristeza é menos triste
Em qualquer rua de Ipanema.
Lalaialaialaialaia.
Se esquece um grande amor...
A mão direita do grande Cristo...