Parece um gafanhoto,
Parece um disco voador,
Parece uma porta no céu...
Aos olhos de cada um
O que parece este desenho da fotografia?
Desde criança a gente se pega a imaginar
Que no céu moram criaturas,
E a gente até jura que as vê...
A prova são as figuras estranhas nas nuvens,
Desenhos indecifráveis...
Quem não as contemplou um dia?
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
domingo, 14 de dezembro de 2014
Os olhos veem sem ver...
Quando te quero ver, cerro as pálpebras e,
Concentrando a visão, fico a pensar em ti.
Aos olhos vem-me assim, num sonho ingênuo e doce,
A tua imagem fiel, como se viva fosse.
E eu sinto bem que és tu, que emerges do meu ser,
Numa névoa fugaz, para eu te poder ver.
Névoa que se faz luz, sombra que se ilumina,
Vens espiritualmente assomar à retina...
Surges no coração, onde hoje vives, pois
Sobes ao pensamento e ao olhar vens depois.
Tens em tudo a expressão que no mundo tiveste,
Tenha embora a beleza um encanto celeste.
Mas, em forma incorpórea, és tu mesma, porque
Como te vi em vida a alma em sonho te vê.
E é tão viva a impressão que ninguém se persuade
De que a vida se extinga, existindo a saudade...
Não pode ser engano a visão interior
Que os olhos veem sem ver, por milagre do amor.
Quem sabe há no meu ser um espelho encantado,
Onde indelével se reflete o meu passado!
Acaso há dentro em mim uma fonte de luz,
Que a tua vida em minha vida reproduz!
É por isso, talvez, que em vago encantamento,
Eu me deixo levar pelo meu pensamento.
E, se te quero ver, fecho os olhos e, então,
Em silêncio me entrego a essa amada ilusão...
(Poesia: Da Costa e Silva - Foto: Carlos Diniz - Rio de Janeiro - RJ)
Concentrando a visão, fico a pensar em ti.
Aos olhos vem-me assim, num sonho ingênuo e doce,
A tua imagem fiel, como se viva fosse.
E eu sinto bem que és tu, que emerges do meu ser,
Numa névoa fugaz, para eu te poder ver.
Névoa que se faz luz, sombra que se ilumina,
Vens espiritualmente assomar à retina...
Surges no coração, onde hoje vives, pois
Sobes ao pensamento e ao olhar vens depois.
Tens em tudo a expressão que no mundo tiveste,
Tenha embora a beleza um encanto celeste.
Mas, em forma incorpórea, és tu mesma, porque
Como te vi em vida a alma em sonho te vê.
E é tão viva a impressão que ninguém se persuade
De que a vida se extinga, existindo a saudade...
Não pode ser engano a visão interior
Que os olhos veem sem ver, por milagre do amor.
Quem sabe há no meu ser um espelho encantado,
Onde indelével se reflete o meu passado!
Acaso há dentro em mim uma fonte de luz,
Que a tua vida em minha vida reproduz!
É por isso, talvez, que em vago encantamento,
Eu me deixo levar pelo meu pensamento.
E, se te quero ver, fecho os olhos e, então,
Em silêncio me entrego a essa amada ilusão...
(Poesia: Da Costa e Silva - Foto: Carlos Diniz - Rio de Janeiro - RJ)
sábado, 6 de dezembro de 2014
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
O Móblile (Sergio Capparelli)
Quatro palhaços
Dançam contentes
Soltos no ar
Feito meninos.
Quatro palhaços
Fracos, franzinos,
Dançam num móbile
Cheio de sinos.
Quatro palhaços
- De jeito ladino -
Tocam viola
E violino.
Quatro palhaços
Estão dormindo
Dentro dos olhos
De um menino.
(Poesia: Sérgio Capparelli - 111 poemas para crianças - Porto Alegre, L&M, 2008. p. 16 Foto: internet)
Dançam contentes
Soltos no ar
Feito meninos.
Quatro palhaços
Fracos, franzinos,
Dançam num móbile
Cheio de sinos.
Quatro palhaços
- De jeito ladino -
Tocam viola
E violino.
Quatro palhaços
Estão dormindo
Dentro dos olhos
De um menino.
(Poesia: Sérgio Capparelli - 111 poemas para crianças - Porto Alegre, L&M, 2008. p. 16 Foto: internet)