A tarde passa por mim
Sem que eu a mire,
Sem que eu admire o Sol...
Os homens descansam,
As mulheres costuram,
As crianças dormem...
A velocidade do beija-flor,
O perfume se espalha no ar;
O Brasil é do povo brasileiro,
"Como o céu é do condor",
Como disse Castro Alves...
A Independência é um contínuo lutar,
Uma conquista por dia,
Pois há gente que ainda deseja
Que o Brasil sempre seja
Um eterno penar!
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
A parábola do semeador (Bíblia)
2 e grandes multidões se reuniram perto dele, de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.
3 E de muitas cousas lhes falou por parábolas, e dizia: Eis que o semeador saiu a semear.
4 E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram.
5 Outra parte caiu em solo rochoso onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra.
6 Saindo, porém, o Sol, a queimou; e porque não tinha raiz, secou-se.
7 Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram.
8 Outra, enfim, caiu em boa terra, e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um.
9 Quem tem ouvidos (para ouvir) ouça.
(Texto: Mt, 13:1 - 9 - Bíblia - Foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
O sonho (Clarice Lispector)
Sonhe com aquilo que você quer ser,
Porque você possui apenas uma vida
E nela só se tem uma chance
De fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
Que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
A importância das pessoas que passaram por suas vidas.
(Poesia: Clarice Lispector - foto: Maria José Farias - São Bernardo do Campo - São Paulo)
Porque você possui apenas uma vida
E nela só se tem uma chance
De fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
Que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
A importância das pessoas que passaram por suas vidas.
(Poesia: Clarice Lispector - foto: Maria José Farias - São Bernardo do Campo - São Paulo)
Mel do meu amor
Mel do meu amor,
Mel adocicado
Com o beijo do meu amor;
Mel do beija-flor...
Semente de pólen,
Com o meu amor
Vivo no jardim do Éden...
No apartamento,
Perto brilham as estrelas;
Perto de mim o meu amor,
Motivo do meu encantamento...
(Poesia: Bete Diniz - foto: Maria José de Farias - São Bernardo do Campo - São Paulo)
Mel adocicado
Com o beijo do meu amor;
Mel do beija-flor...
Semente de pólen,
Com o meu amor
Vivo no jardim do Éden...
No apartamento,
Perto brilham as estrelas;
Perto de mim o meu amor,
Motivo do meu encantamento...
(Poesia: Bete Diniz - foto: Maria José de Farias - São Bernardo do Campo - São Paulo)
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Embriago-me no teu ser...
O amor é como a rocha
Que suporta o peso do mundo;
O amor é como as flores, que, com o seu perfume,
Embriagam os seres que a beijam...
O amor floresce em cada coração,
E em cada coração planta sua semente;
Ágil, corre como guepardo em corrida livre;
Mas, ao correr, prende-se a outro coração,
De outro ser...
Já é tarde, já passa da meia-noite,
E eu, presa pelo amor, embriago-me no teu ser,
Como perfume que dura até o amanhecer...
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
Que suporta o peso do mundo;
O amor é como as flores, que, com o seu perfume,
Embriagam os seres que a beijam...
O amor floresce em cada coração,
E em cada coração planta sua semente;
Ágil, corre como guepardo em corrida livre;
Mas, ao correr, prende-se a outro coração,
De outro ser...
Já é tarde, já passa da meia-noite,
E eu, presa pelo amor, embriago-me no teu ser,
Como perfume que dura até o amanhecer...
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
O guardador de rebanhos - Fernando Pessoa
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
(Poesia: Fernando Pessoa - Foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
(Poesia: Fernando Pessoa - Foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)