Não posso dizer que sou infeliz,
Se não sou;
Tenho minhas escolhas e não abro mão delas...
Amo o planeta Terra, amo o Brasil;
Amo a terra onde nasci, minha aldeia...
Amo o povo brasileiro, minha língua-mãe;
Amo o meu sertão:
Do Sol que queima a pele,
Dos pássaros que vagueiam no céu azul...
Já passa da meia-noite,
E é isto que quero dizer:
Amo minha Pátria...
Por ela derramo meu suor e meu pranto,
Por ela faço meus poemas e seus cantores eu canto...
Canto mal, mas canto...
E neste momento de eleições, clamo:
O meu voto sempre foi e sempre será totalmente grátis!
Escolho e voto, sem interferência de ninguém...
Voto em quem trabalha, voto em quem ama o povo brasileiro...
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: Nasa - internet)
terça-feira, 30 de setembro de 2014
sábado, 27 de setembro de 2014
Se brigas assim, comigo...
Se brigas assim, comigo,
Eu me torno uma sopa fria,
Um café gelado,
Uma Lua sem poesia...
Se brigas assim, comigo,
Torna-se o meu coração magoado,
Como o meu dia, amargurado...
Mas quando fazes as pazes comigo
Tudo se ilumina:
A noite fica estrelada
E a Lua, crescente,
Torna-se a rainha da madrugada...
As flores se embriagam no orvalho,
Os pássaros canoros rompem o silêncio
Ao romper do dia,
Quando acordo ao teu lado...
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: Leilane Diniz - Maine - EUA)
Eu me torno uma sopa fria,
Um café gelado,
Uma Lua sem poesia...
Se brigas assim, comigo,
Torna-se o meu coração magoado,
Como o meu dia, amargurado...
Mas quando fazes as pazes comigo
Tudo se ilumina:
A noite fica estrelada
E a Lua, crescente,
Torna-se a rainha da madrugada...
As flores se embriagam no orvalho,
Os pássaros canoros rompem o silêncio
Ao romper do dia,
Quando acordo ao teu lado...
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: Leilane Diniz - Maine - EUA)
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Não sei quem sou, ainda...
Não sei quem sou, ainda;
Sei que não me elogio...
Às favas quem fala bem ou mal de mim,
Às favas...
Sou uma menina travessa, isto sou;
Uma menina que brinca de viver...
Não suporto sentir frio,
Não suporto em mim um vazio...
Não sou feudatária:
Nada me prende, nada me consome...
Que se dane a vida dentro de salas, de escritórios,
Pois o mundo a céu aberto é minha fome...
Correria ladeira abaixo,
Correria ladeira acima,
Como águas de rio eu sei que sou;
Asas de pássaros são meu rabicho...
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: internet)
Sei que não me elogio...
Às favas quem fala bem ou mal de mim,
Às favas...
Sou uma menina travessa, isto sou;
Uma menina que brinca de viver...
Não suporto sentir frio,
Não suporto em mim um vazio...
Não sou feudatária:
Nada me prende, nada me consome...
Que se dane a vida dentro de salas, de escritórios,
Pois o mundo a céu aberto é minha fome...
Correria ladeira abaixo,
Correria ladeira acima,
Como águas de rio eu sei que sou;
Asas de pássaros são meu rabicho...
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: internet)
sábado, 20 de setembro de 2014
Ao redor da escuridão, uma luz!
Ao olhar em todas as direções,
Não há saída!
Um abismo mostra outro abismo,
O pé resvala por aonde vai...
Não há solução, apenas solidão há!
Mas, além da escuridão, brilha uma luz!
Diante do sofrimento, temos um nome por quem chamar:
Jesus Cristo!
Diante da alegria também temos Cristo,
Ao nosso redor, abaixo e acima de nós, Jesus Cristo está!
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: Maria José Farias - Praia Grande - São Paulo)
Não há saída!
Um abismo mostra outro abismo,
O pé resvala por aonde vai...
Não há solução, apenas solidão há!
Mas, além da escuridão, brilha uma luz!
Diante do sofrimento, temos um nome por quem chamar:
Jesus Cristo!
Diante da alegria também temos Cristo,
Ao nosso redor, abaixo e acima de nós, Jesus Cristo está!
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: Maria José Farias - Praia Grande - São Paulo)
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Seringueira
Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malpighiales
Família: Euphorbiaceae
Gênero: Hevea
Espécie: H. brasilienses
Nome binomial: Hevea brasilienses.
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malpighiales
Família: Euphorbiaceae
Gênero: Hevea
Espécie: H. brasilienses
Nome binomial: Hevea brasilienses.
Características:
Conhecida também como árvore-da-borracha, a seringueira é comum na bacia hidrográfica do Rio Amazonas. Ela é uma espécie arbórea, de crescimento rápido, com grande capacidade de reciclagem de carbono. Pode atingir 30 metros de altura, inicia sua produção de sementes aos 4 anos e a produção de látex aos 7 anos.
Pertence ao grupo das dicotiledôneas, com flores unissexuadas, pequenas e amarelas, reunidas em amplas panículas. As folhas são compostas de 3 folíolos membranáceos e sem pelos. Seu fruto é uma cápsula com 3 sementes grandes, marrons e de forma oval, ricas em óleo, utilizado como matéria-prima para resinas, vernizes e tintas. Sua madeira é leve, e de seu látex fabrica-se a borracha. Sua utilidade se estende à produção de luvas cirúrgicas, preservativos, pneus de automóveis e caminhões.
Além do Brasil, também produzem a seringueira os seguintes países: Tailândia, Indonésia, Malásia, China e Vietnã, responsáveis por 90% da produção mundial.
(Texto: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto e pesquisa: internet)
O que sustenta a Terra
Um balde de água pesa muito;
Imagina o peso da água existente no mundo...
Um balde de terra pesa muito;
Imagina o peso da terra existente no mundo...
Imagina o peso da água e da terra existentes no mundo
Pesando sobre o nada no Espaço Sideral...
Então pergunta: quem ou o que sustenta a Terra no Universo?
Resposta: só pode ser algo fenomenal, acima da compreensão humana,
Para suportar o peso da Terra inteira solta no Universo - ou seja - Deus.
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: internet)
Imagina o peso da água existente no mundo...
Um balde de terra pesa muito;
Imagina o peso da terra existente no mundo...
Imagina o peso da água e da terra existentes no mundo
Pesando sobre o nada no Espaço Sideral...
Então pergunta: quem ou o que sustenta a Terra no Universo?
Resposta: só pode ser algo fenomenal, acima da compreensão humana,
Para suportar o peso da Terra inteira solta no Universo - ou seja - Deus.
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: internet)
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Mandacaru
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Caryophyllidae
Ordem: Caryophillales
Família: Cacta ceae
Subfamília: Cactoideae
Tribo: Cereeae
Gênero: Cereus
Espécie: C. jamacaru
Nome binomial: Cerus jamacaru
Características:
O mandacaru, também conhecido por cardeiro, é uma planta comum do nordeste brasileiro. Pode medir até 5 m de altura; existe uma variedade sem espinhos, que serve para alimento de animais e outra, mais comum, muito espinhenta.
Suas flores são brancas, medindo até 30 cm de comprimento; os botões aparecem no meio da primavera, desabrochando durante o anoitecer e murchando assim que amanhece. Seu fruto é de cor violeta forte, a polpa é branca com minúsculas sementes, e serve de alimento para diversas aves. além disso, o mandacaru serve para restaurar solos degradados e como cerca natural.
(Texto e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB - Pesquisa: internet)
sábado, 13 de setembro de 2014
O banho de xampu (Elizabeth Bishop)
Os líquens - silenciosas explosões
Nas pedras - crescem e engordam,
Concêntricas, cinzentas concussões.
Têm um encontro marcado
Com os halos ao redor da Lua, embora
Até o momento nada tenha se alterado.
E como o céu há de nos dar guarida
Enquanto isso não se der,
Você há de convir, amiga,
Que se precipitou;
E eis no que dá. Porque o Tempo é,
Mais do que tudo, contemporizador.
No teu cabelo negro brilham estrelas
Cadentes, arredias.
Para aonde irão elas
Tão cedo, resolutas?
- Vem, deixa eu lavá-lo, aqui nesta bacia
Amassada e brilhante como a Lua.
(Poesia: Elizabeth Bishop - foto: internet)
Nas pedras - crescem e engordam,
Concêntricas, cinzentas concussões.
Têm um encontro marcado
Com os halos ao redor da Lua, embora
Até o momento nada tenha se alterado.
E como o céu há de nos dar guarida
Enquanto isso não se der,
Você há de convir, amiga,
Que se precipitou;
E eis no que dá. Porque o Tempo é,
Mais do que tudo, contemporizador.
No teu cabelo negro brilham estrelas
Cadentes, arredias.
Para aonde irão elas
Tão cedo, resolutas?
- Vem, deixa eu lavá-lo, aqui nesta bacia
Amassada e brilhante como a Lua.
(Poesia: Elizabeth Bishop - foto: internet)
E a semente caiu em terra boa (autor desconhecido)
E a semente caiu em terra boa
Quem planta sementes, colhe alimentos.
Quem planta flores, colhe perfume.
Quem semeia trigo, colhe pão.
Quem planta amor, colhe amizade.
Quem semeia alegria, colhe felicidade.
Quem semeia a fé, colhe a certeza.
Quem semeia carinho, colhe gratidão.
Quem semeia a verdade, colhe confiança.
Quem planta a vida, colhe milagres!
E a semente caiu no caminho
No entanto,
Há quem prefira semear tristeza e colher amargura,
Plantar discórdia e colher solidão,
Semear vento e colher tempestade
Plantar ira e colher inimizade,
Plantar injustiça e colher abandono.
Sejamos semeadores conscientes no campo da vida
E, diariamente, espalhemos milhões de sementes de amor ao nosso redor.
(Poema: autor desconhecido - Foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
Quem planta sementes, colhe alimentos.
Quem planta flores, colhe perfume.
Quem semeia trigo, colhe pão.
Quem planta amor, colhe amizade.
Quem semeia alegria, colhe felicidade.
Quem semeia a fé, colhe a certeza.
Quem semeia carinho, colhe gratidão.
Quem semeia a verdade, colhe confiança.
Quem planta a vida, colhe milagres!
E a semente caiu no caminho
No entanto,
Há quem prefira semear tristeza e colher amargura,
Plantar discórdia e colher solidão,
Semear vento e colher tempestade
Plantar ira e colher inimizade,
Plantar injustiça e colher abandono.
Sejamos semeadores conscientes no campo da vida
E, diariamente, espalhemos milhões de sementes de amor ao nosso redor.
(Poema: autor desconhecido - Foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Sabedoria chinesa
A inteligência sem amor te faz perverso.
A justiça sem amor te faz implacável.
A diplomacia sem amor te faz hipócrita.
O êxito sem amor te faz arrogante.
A riqueza sem amor te faz avarento.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor te faz orgulhoso.
A beleza sem amor te faz ridículo.
A autoridade sem amor te faz tirano.
O trabalho sem amor te faz escravo.
A simplicidade sem amor te deprecia.
A lei sem amor te escraviza.
A política sem amor te deixa egoísta.
A vida sem amor... Não tem sentido.
(Frases: internet - foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
A justiça sem amor te faz implacável.
A diplomacia sem amor te faz hipócrita.
O êxito sem amor te faz arrogante.
A riqueza sem amor te faz avarento.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor te faz orgulhoso.
A beleza sem amor te faz ridículo.
A autoridade sem amor te faz tirano.
O trabalho sem amor te faz escravo.
A simplicidade sem amor te deprecia.
A lei sem amor te escraviza.
A política sem amor te deixa egoísta.
A vida sem amor... Não tem sentido.
(Frases: internet - foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Por estradas e estrelas
Por estradas e estrelas
Vai meu pensamento a vagar;
Procura por ti,
Ao teu encontro vai meu coração...
Longe de casa,
Viagens sem fim para cumprir,
Meu amor, vives sempre longe de mim...
E por esse país bonito te aventuras,
Como pássaros que, livres, voam por aí...
Em casa, teu silêncio me consome, me desorienta;
Espero tua volta, espero que voltes, meu amor...
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: Ari Diniz - Cabedelo - PB)
Vai meu pensamento a vagar;
Procura por ti,
Ao teu encontro vai meu coração...
Longe de casa,
Viagens sem fim para cumprir,
Meu amor, vives sempre longe de mim...
E por esse país bonito te aventuras,
Como pássaros que, livres, voam por aí...
Em casa, teu silêncio me consome, me desorienta;
Espero tua volta, espero que voltes, meu amor...
(Poesia: Bete Diniz - Taperoá - PB - foto: Ari Diniz - Cabedelo - PB)
domingo, 7 de setembro de 2014
Quero tocar teu corpo...
Quero tocar teu corpo,
Mas estás longe;
Quero dizer palavras de amor ao teu ouvido,
Mas estás longe...
Ouço o sussurro do vento,
Mas não ouço a tua voz;
Ouço música ao longe,
Mas não ouço o teu canto...
Algo me diz,
Algo me sussurra que vais voltar,
Entreter minha vida, me alegrar...
O vento que leva
É o vento que traz;
Nas voltas que o mundo gira,
Numa dessas voltas tu voltarás.
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
Mas estás longe;
Quero dizer palavras de amor ao teu ouvido,
Mas estás longe...
Ouço o sussurro do vento,
Mas não ouço a tua voz;
Ouço música ao longe,
Mas não ouço o teu canto...
Algo me diz,
Algo me sussurra que vais voltar,
Entreter minha vida, me alegrar...
O vento que leva
É o vento que traz;
Nas voltas que o mundo gira,
Numa dessas voltas tu voltarás.
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
sábado, 6 de setembro de 2014
Quem ama...
Quem ama está sequestrado,
Sem direito a reclamações:
A mente fica presa, sem raciocínio,
O coração bate descompassado...
Quem ama está sequestrado,
Sem domínio de si, amordaçado:
A boca fica presa à mão armada,
A respiração ofegante, diz:
"Assim é o amor, se quiseres ser feliz!"
Sem raciocínio, e o coração descompassado,
Quem ama se sente desfalecer:
As pernas bambeiam, as mãos tremem,
O corpo inteiro começa a perecer...
Mesmo diante de um quadro desvantajoso,
De rosto que cora, de mãos que tremem,
De corpo que desfalece, de mente presa,
Quem ama tudo suporta, de tudo se compadece,
E sente que, mesmo descompassado,
O coração o torna um ser corajoso...
Quem ama, mesmo dominado,
É capaz de erguer muralhas,
Atravessar mares bravios,
Voar nas asas do vento,
Quer seja manso, quer seja tornado!
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
Sem direito a reclamações:
A mente fica presa, sem raciocínio,
O coração bate descompassado...
Quem ama está sequestrado,
Sem domínio de si, amordaçado:
A boca fica presa à mão armada,
A respiração ofegante, diz:
"Assim é o amor, se quiseres ser feliz!"
Sem raciocínio, e o coração descompassado,
Quem ama se sente desfalecer:
As pernas bambeiam, as mãos tremem,
O corpo inteiro começa a perecer...
Mesmo diante de um quadro desvantajoso,
De rosto que cora, de mãos que tremem,
De corpo que desfalece, de mente presa,
Quem ama tudo suporta, de tudo se compadece,
E sente que, mesmo descompassado,
O coração o torna um ser corajoso...
Quem ama, mesmo dominado,
É capaz de erguer muralhas,
Atravessar mares bravios,
Voar nas asas do vento,
Quer seja manso, quer seja tornado!
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
Eu te encontrei...
Eu te encontrei
Quando não mais pensava no amor,
Quando o meu coração se entregava à solidão,
E nem mesmo a Lua eu gostava de contemplar...
Contigo perto de mim
Sobre a minha mesa há fartura,
Sou nova criatura;
A Alegria se farta em mim...
Eu era jovem e já não sou;
Amei pouco, mas agora te compenso
Ao te amar como a ninguém amei...
Tenho no coração uma chama viva,
Um amor que me faz viajar;
Cheio de calor, teu amor vive em mim,
Como as tardes quentes do meu Taperoá...
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
Quando não mais pensava no amor,
Quando o meu coração se entregava à solidão,
E nem mesmo a Lua eu gostava de contemplar...
Contigo perto de mim
Sobre a minha mesa há fartura,
Sou nova criatura;
A Alegria se farta em mim...
Eu era jovem e já não sou;
Amei pouco, mas agora te compenso
Ao te amar como a ninguém amei...
Tenho no coração uma chama viva,
Um amor que me faz viajar;
Cheio de calor, teu amor vive em mim,
Como as tardes quentes do meu Taperoá...
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
A Terra (Kalil Gibran)
A Terra se separa da terra,
Forçada e contrariada.
E a Terra anda sobre a terra
Com orgulho e presunção.
E a Terra constrói com terra palácios
E fortalezas e templos.
E a Terra inventa, com a terra , lendas e
Enciclopédias e códigos.
Depois, a Terra se enfada com as realizações da terra
E passa a tecer,
Com as vibrações da terra,sombras
E ilusões e sonhos.
Depois, o sono da Terra vence as pálpebras da terra,
E ela dorme profunda e eternamente.
Por fim, a Terra dirige-se à terra, dizendo:
" Sou o útero e o túmulo. E permanecerei
Útero e túmulo até que as estrelas se apaguem
E os sóis se transformem em pó."
Forçada e contrariada.
E a Terra anda sobre a terra
Com orgulho e presunção.
E a Terra constrói com terra palácios
E fortalezas e templos.
E a Terra inventa, com a terra , lendas e
Enciclopédias e códigos.
Depois, a Terra se enfada com as realizações da terra
E passa a tecer,
Com as vibrações da terra,sombras
E ilusões e sonhos.
Depois, o sono da Terra vence as pálpebras da terra,
E ela dorme profunda e eternamente.
Por fim, a Terra dirige-se à terra, dizendo:
" Sou o útero e o túmulo. E permanecerei
Útero e túmulo até que as estrelas se apaguem
E os sóis se transformem em pó."
Poesia: Kalil Gibran - Foto: internet)
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
A Pátria (Rui Barbosa)
O sentimento que divide, inimiza, retalia, detrai, amaldiçoa, persegue, não será jamais o da Pátria. A Pátria é a família amplificada.
E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. Multiplicai a célula, e tendes o organismo.
Multiplicai a família, e tereis a Pátria. Sempre o mesmo plasma, a mesma substância nervosa, a mesma circulação sanguínea. Os homens não inventaram, antes adulteraram a fraternidade, de que Cristo lhes dera a fórmula sublime, ensinando-os a se amarem uns aos outros: “Diliges proximum turum sicut ipsum”.
Dilatai a fraternidade cristã, e chegareis das afeições individuais às solidariedades coletivas, da família à nação, da nação à humanidade. Objetar-me-eis com a guerra!
Eu vos respondo com o arbitramento. O porvir é assaz vasto para comportar esta grande esperança. Ainda entre as nações, independentes, soberanas, o dever dos deveres está em respeitar nas outras os direitos da massa.
Aplicai-o agora dentro das raias desta: é o mesmo resultado; bem-queiramo-nos uns aos outros, como nos queremos a nós mesmos. Se o casal do nosso vizinho cresce, enrica e pompeia, não nos amofine a ventura, de que não compartimos. Bendigamos, antes, na rapidez de sua medrança, no lustre da sua opulência, o avultar da riqueza nacional, que se não pode compor da miséria de todos.
Por mais que os sucessos nos elevem, nos comícios, no foro, no parlamento, na administração, aprendamos a considerar no poder um instrumento de defesa comum, a agradecer nas oposições as válvulas essenciais da segurança da segurança da ordem, a sentir no conflito dos antagonismos descobertos a melhor garantia da nossa moralidade.
Não chamemos jamais de inimigos da Pátria aos nossos contendores. Não averbemos jamais de traidores à Pátria os nossos adversários mais irredutíveis.
A Pátria não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação.
A Pátria não é um sistema, nem é uma seita, nem um monopólio, nenhuma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não inflamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo. Porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no amor. No próprio patriotismo armado o mais difícil da vocação, e a sua dignidade não está no matar, mas morrer. A guerra, legitimamente, não pode ser o extermínio, nem a ambição: é, simplesmente, a defesa. Além desses limites, seria um flagelo bárbaro, que o patriotismo repudia…
(Texto: Rui Barbosa, 1903 - Foto: internet)