domingo, 30 de junho de 2013

Platina


Símbolo: Pt
Massa atômica: 195,08
Número atômico: 78
Ponto de fusão: 2041,15 K (1.768,4 ºC)
Ponto de ebulição: 4098 K (3825 ºC)
Densidade: 21,4 g/cm³
Ano da descoberta: 1735
Autor da descoberta: Antonio de Ulloa
Origem do nome: Espanhola: Platina
Significado: Pequena prata
Utilidades: Odontologia, cunha para fundição de vidro, joias, tratamento de tumores, etc.

Características:
A platina apresenta-se em estado sólido à temperatura ambiente; quando puro apresenta coloração branca acinzentada opaca. É um metal precioso, maleável, dúctil e resistente à corrosão.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Paládio


Símbolo: Pd
Massa atômica: 106,42
Número atômico: 46
Ponto de fusão: 1828,05 K (1.554 ºC)
Ponto de ebulição: 3236 K (2927 ºC)
Densidade: 12 g/cm³
Ano da descoberta: 1804
Autor da descoberta: William H. Wollaston
Origem do nome: Referente ao asteroide Palas, descoberto na mesma época.
Significado:       –  
Utilidades: Catalisador para gás de escape, odontologia, etc.

Características:
O paládio é um metal branco prateado, denso, parecido com a platina; não muda de cor em contato com o ar e é um dos elementos mais raros, tanto livre como combinado. Em temperatura ambiente absorve hidrogênio até 900 vezes o seu volume. Não se oxida com o ar, é macio e dúctil, quando aquecido, aumentando sua dureza e resistência quando trabalhado a frio.  

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Oxigênio


Símbolo: O
Massa atômica: 15,9994
Número atômico: 8
Ponto de fusão: 50,35 K (-218,4 ºC)
Ponto de ebulição: 90,18 K (-182,96 ºC)
Densidade: 1,104 g/cm³
Ano da descoberta: 1774
Autores da descoberta: Carl Wilhelm Scheele, Joseph Prisstley e Antoine Lavoisier.
Origem do nome: Grega: Oxýs genes; Francês: Oxigene
Significado: Gerador de ácidos; princípio purificador.
Utilidades: Preparação de aço, purificação de água, areia, água, cimento, etc.

Características:
O oxigênio é um gás incolor (azul em estado líquido e sólido), insípido, inodoro, não combustível e pouco solúvel em água. Está presente em 20% da atmosfera terrestre e é um dos elementos mais importantes da química orgânica, fazendo parte do ciclo energético dos seres vivos, principalmente da fotossíntese, ao transformar os nutrientes extraídos das plantas em energia intracelular.    

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Tomás Antônio Gonzaga


Tomás Antônio Gonzaga nasceu na cidade do Porto em 1744, sendo filho de pai brasileiro e mãe descendente de ingleses. Veio para o Brasil com oito anos de idade, com o pai, que tinha sido nomeado ouvidor-geral de Pernambuco e depois intendente-geral do ouro na Bahia. 

Voltou para Portugal com dezessete anos, onde estudou na Universidade de Coimbra, formando-se Bacharel no ano 1768. Exerceu o cargo de juiz-de-foro do Beja, e em 1782 foi transferido para o Brasil como ouvidor e procurador de defuntos e ausentes, capelas e resíduos de Vila Rica, onde começou a fazer parte dos poetas da escola mineira. 

Por aquele tempo conheceu Maria Doroteia Joaquina de Seixas, de dezesseis anos, de quem ficou noivo, tendo ele mais de quarenta anos de idade. No ano 1786 foi nomeado desembargador da Relação da Bahia, ficando no cargo até o mês de abril de 1789, quando se licenciou para se casar, no final de maio. Antes do casamento, foi denunciado por Joaquim Silvério dos Reis como um dos chefes do movimento de independência do Brasil, chamado “Inconfidência Mineira”. Foi então preso no dia 21 de maio de 1789 e levado para a Ilha das Cobras, saindo de lá em maio de 1792 para cumprir sua sentença de dez anos de degredo em Moçambique. 

Partiu para Moçambique sem se despedir de sua noiva, no dia 23 de maio daquele ano. Lá, exerceu funções públicas e a advocacia, tornando-se afamado. No ano 1793 casou-se com dona Juliana de Sousa Mascarenhas, filha de abastado comerciante.    

Mesmo casado, não esqueceu sua noiva, escrevendo em sua homenagem o poema “Marília de Dirceu”. Tomás usou o pseudônimo de Dirceu e chamou sua noiva, Maria Doroteia, de Marília. Escreveu ainda uma ode à aclamação de dona Maria I, e um tratado de Direito Natural. Também atribuem a ele a autoria das “Cartas Chilenas”, sátira publicada com o pseudônimo de Critilo. 

Ainda exerceu o cargo de procurador da Coroa e da Fazenda, e um ano antes de falecer foi nomeado juiz de Alfândega. Tomás Antônio Gonzaga faleceu no dia 9 de abril de 1812, sem ter retornado ao Brasil. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Delta Larousse. Vol. 6, págs. 3245 a 3246. Rio de Janeiro, Delta S.A., 1967. 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. VII. Porto Alegre, Globo, 1974. 
ROSA, Prof. Ubiratan. Moderna Enciclopédia Brasileira. Vol. 2, pág. 325. São Paulo, G. Lopes Ltda., 1979. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Tiradentes


Joaquim José da Silva Xavier nasceu no ano 1746, no sítio Pombal, de propriedade do seu pai, em São João D’El-Rei, Minas Gerais. Era filho do português Domingos da Silva dos Santos e da brasileira Antônia da Encarnação Xavier. Seu pai foi almotacé e vereador da câmara da Vila de São José, hoje cidade de Tiradentes, nos anos 1755 e 1756. 

Tiradentes frequentou a escola em São João D’El-Rei e recebeu algumas instruções do seu irmão, o padre Domingos da Silva Xavier. Ficou órfão de mãe em 1755 e de pai entre os anos 1757 ou 1761. Foi então criado pelo seu padrinho, o cirurgião Sebastião Ferreira Leitão, que talvez tenha lhe ensinado o ofício de dentista e protético, profissão que exerceu muito bem e que lhe causou o apelido de Tiradentes. Exerceu várias outras profissões, como: tropeiro, mascate, tinha alguns conhecimentos de hidráulica e mineralogia, no que foi bem aproveitado quando se tornou alferes no Regimento de Cavalaria Regular de Vila Rica, hoje Ouro Preto, no ano 1780. 

De espírito empreendedor, vivia infeliz com sua situação financeira, pois sempre lhe negavam promoções. Embora fosse feio, de olhos esbugalhados, e desprezado pelos poderosos, era um homem culto para seu tempo, pois tinha noções de inglês e francês, escrevia corretamente e era bem informado sobre a política europeia, especialmente a Independência dos Estados Unidos. 

Foi nomeado, em 1781, comandante da Patrulha do Caminho Novo, estrada que ligava Minas Gerais ao 
Rio de Janeiro, por causa do seu conhecimento em mineralogia. A partir daí, viajando por aquela estrada, revoltou-se com os abusos cometidos pelo governo português contra o povo humilde, durante o governo de Cunha de Menezes. 

No dia 2 de março de 1787 pediu licença do seu cargo e viajou para o Rio de Janeiro com o intuito de conseguir apoio para projetos de canalização das águas dos rios Andaraí e do Maracanã para o centro da cidade, da construção de um trapiche e de um embarcadouro para o gado. Enquanto esperava o despacho para os seus requerimentos, trabalhou como dentista até o ano 1788. Dois dias antes de voltar a Minas Gerais, ele soube da chegada do Dr. José Álvares Maciel, filho do capitão-mor de Vila Rica, vindo da Europa, onde se formara em filosofia e história natural em Coimbra, e passara mais de um ano na Inglaterra estudando química e manufaturas do país. Tiradentes foi então procurá-lo com o intuito de conseguir patrocínio para seus projetos. A conversa entre eles foi em torno de notícias da Europa e da opinião dos países europeus de que o Brasil não se aventurava a separar-se de Portugal, como fez os Estados Unidos, separando-se da Inglaterra, embora o Brasil tivesse muitas riquezas. 

Essa conversa animou Tiradentes a idealizar um levante. Outros encontros com Maciel fizeram com que ele organizasse um plano de independência, juntamente com algumas pessoas influentes. De volta a Minas Gerais, conquistou o apoio do tenente-coronel Francisco de Paula Freire Andrada, que controlava a tropa do Regimento de Cavalaria Regular, onde Tiradentes era alferes. A primeira reunião aconteceu em fins de dezembro de 1788 e contava com a participação do tenente-coronel Francisco de Paula, que cedeu a casa, Tiradentes, Maciel e o padre Carlos Correia de Toledo e Melo, vigário de São João D’El-Rei. 

Houve outras reuniões com mais participantes, para o planejamento da conspiração. O início do levante se daria por ocasião da “Derrama”. Tiradentes, que chamou para si a parte mais arriscada, acordaria a população com a frase “Viva a liberdade!”; o tenente-coronel Francisco de Paula, com o seu regimento, tomaria conta da situação, sob pretexto de manter a ordem. Depois, Tiradentes partiria para Cachoeira, residência do governador, e prenderia o Visconde de Barbacena. 

Tiradentes fazia propaganda dos seus intentos às pessoas que estavam descontentes com a administração portuguesa, e foi assim que a notícia do levante chegou ao conhecimento do coronel Silvério dos Reis, através do sargento-mor Luís Vaz de Toledo Piza, irmão do padre Correia. O coronel Silvério dos Reis resolveu então denunciar os inconfidentes ao Visconde de Barbacena, na esperança de conseguir perdão de grandes dívidas junto à Fazenda Real, o que realmente aconteceu. Essa denúncia ocorreu no dia 15 de março de 1789. Outras denúncias foram feitas pelo tenente-coronel Basílio de Brito e o mestre-de-campo Inácio correia Pamplona. 

Diante desses fatos, o Visconde de Barbacena suspendeu a “Derrama” e mandou que Silvério dos Reis fosse ao Rio de Janeiro avisar o vice-rei, dom Luiz de Vasconcelos de Souza, e seguir Tiradentes, que se encontrava no Rio de Janeiro desde o dia 10 de março de 1789, a fim de saber a resposta dos seus requerimentos sobre seus projetos de canalização dos rios. Sentindo-se vigiado, Tiradentes se refugiou na residência do torneiro Domingos Fernandes Cruz, na Rua dos Latoeiros, no dia 6 de maio. Foi preso no dia 10 de maio do mesmo ano pelo alferes Francisco Pereira Vidigal, acompanhado do sargento José Lopes da Costa e de alguns soldados. 

Além da sua prisão no Rio de Janeiro, houve a prisão em Minas Gerais dos outros conspiradores. Entre os presos havia pessoas influentes na sociedade da capitania, como o desembargador Tomás Antônio Gonzaga, o Dr. Cláudio Manuel da Costa, o cônsul Luís Vieira da Silva, o Dr. Domingos Vidal Barbosa, Álvares Peixoto, Francisco de Paula e os padres Correia e Rollim. Cláudio Manuel da Costa enforcou-se na prisão de Vila Rica. Os outros foram mandados para o Rio de Janeiro. 

Tiradentes foi levado para a fortaleza da Ilha das Cobras, sendo interrogado nos dias 22, 27 e 30 de maio de 1789, sempre negando a existência da conspiração. O quarto interrogatório só foi feito no dia 18 de janeiro de 1790, depois de se terem ouvido mais de cem testemunhas. Quase todos os conjurados presos negaram seus envolvimentos, jogando toda a culpa em Tiradentes que, diante dos fatos, acabou assumindo toda a responsabilidade durante todos os outros nove interrogatórios a que foi submetido entre os dias 15 de abril e 15 de julho de 1791. 

A sentença foi proferida no dia 18 de abril de 1792 e confirmada dois dias depois. Alguns dos conjurados foram condenados ao degredo perpétuo; outros, como Tomás Antônio Gonzaga e Vidal Barbosa, foram condenados ao degredo temporário. A sentença dos sacerdotes permaneceu secreta, mas foram enviados para Lisboa, onde ficaram quatro anos presos na fortaleza de São Luís e depois internados em conventos. 
 A sentença de Tiradentes foi: condenação à forca, depois decapitado e esquartejado, e seus restos mortais seriam expostos em vários lugares. Foi ainda declarado infame, assim como seus filhos e netos; seus bens seriam confiscados e sua casa em Vila Rica derrubada e o terreno salgado, para não serem erguidas quaisquer construções.  

No dia 21 de abril de 1792, num sábado, Tiradentes saiu do edifício da cadeia velha, onde estava preso, entre as oito e nove horas da manhã, rumo ao patíbulo armado no Campo São Domingos. Subindo ao local da forca, foi feita uma alocução pelo Frei José Jesus Maria do Desterro, guardião do convento de Santo Antônio, onde todos rezaram o terço, inclusive o condenado. Ao meio-dia foi enforcado pelo algoz Preto Capitania. Depois, foi-lhe cortada a cabeça, e o corpo dividido em quatro partes que, depois de salgados, foram colocados em altos postes na Estrada de Minas. Sua cabeça chegou a Vila Rica no dia 20 de maio, sendo exposta entre festividades oficiais, num poste de iluminação pública, no centro da Praça Pública, em frente do Palácio dos Governadores, de onde desapareceu em novembro do mesmo ano, numa noite de temporal.  

Bibliografia: 
AB’SABER, Aziz N. Introdução geral: Holanda, Sérgio Buarque de. A época colonial. Vol. 2. Administração, economia, sociedade. Rio de Janeiro, Bertrand, 2000. 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. XI. Porto Alegre, Globo, 1974. 
ENCICLOPÉDIA de Educação Moral, Cívica e Política. Vol. IV. São Paulo, Michalany, 1971. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Eu te chamo, vem!


Eu sei que as luzes embelezam,
Sei que tu tens um lindo olhar;
Teu amor por meus sonhos desliza
E brilha como luzes de néon...

Para que venhas a mim
Hei de brilhar como o cometa Ison
Que virá em breve visitar a Terra;
Vem brilhar em mim...


Eu te chamo, vem!
Vem trazer teu cheiro à minha pele,
Teu aconchego ao meu corpo,
Vem, preciso do teu amor, preciso dele...

Nas madrugadas frias aquecer meu sono,
Durante o dia incentivar meu trabalho;
Eu te chamo, vem!
Quero que sejas meu eterno agasalho...

(Poesia: Eliza Ribeiro Taperoá - PB - Foto: Carlos Diniz - Cabedelo - PB)

Religiões


Admiro todas as religiões, pois elas levam ao mesmo caminho, que é Deus. Não sigo nenhuma, para ter a liberdade de estudar, ouvir e seguir o conselho e o Evangelho de todas. Se me prender a uma, prenderei meu coração a um só ensino, a um só modelo, e o Universo é vasto e diversificado... Creio que Deus não fez o Universo tão grande para deixá-lo vazio; creio que há outras formas de vida em cada grão de areia estelar...

Creio que na imensidão do Universo há um lugar específico chamado Céu, onde Deus mora; um lugar de luz infinita, um lugar de paz, para onde todos nós vamos, quando partimos daqui. Então, não prendo meu coração a nenhum lugar terreno pois sinto falta daquele lugar de luz, para onde irei um dia, pela graça de Deus...

(Texto e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

domingo, 23 de junho de 2013

Dos 19 aos 28 anos (Santo Agostinho)


Durante esse período de nove anos - desde os 19 até os 28 - fui seduzido e sedutor, enganado e enganador, de acordo com a diversidade de minhas paixões; publicamente, por meio daquelas doutrinas que se chamam liberais; ocultamente, com o falso nome de religião, mostrando-me aqui soberbo, ali supersticioso, e em toda parte vaidoso. De um lado, perseguindo a aura da glória popular até os aplausos do teatro, os certames poéticos, os torneios de coroas de feno, as bagatelas de espetáculos e a intemperança da concupiscência; por outro lado, desejando muito purificar-me dessas imundícies, levando alimento aos chamados eleitos e santos, para que na oficina de seu estômago fabricassem anjos e deuses que me libertassem. Tais coisas seguia eu e praticava com meus amigos, iludidos comigo e por mim.

Riam-se de mim os arrogantes, e que ainda não foram prostrados e salutarmente esmagados por Ti, meu Deus; mas eu, pelo contrário, hei de confessar diante de Ti minhas torpezas para Teu louvor. Permite-me, Te suplico, e concede-me que me lembre fielmente dos desvios passados de meu erro, e que eu Te sacrifique uma hóstia de louvor.

Porque, sem ti, que sou eu para mim mesmo, senão um guia que conduz ao precipício? Ou que sou eu, quando tudo me corre bem, senão uma criança que mama Teu leite, e que se alimenta de Ti, alimento incorruptível? E que é o homem, seja quem for, se é homem?

Riam-se de nós os fortes e poderosos, que nós, débeis e pobres, confessaremos Teu santo nome.   

(Texto: Confissões - Santo Agostinho - Editora Saraiva de bolso, Rio de Janeiro, 2012 - foto: internet)  

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Resgate

Caí na estrada,
Foi por ti, caí...
Foi uma ilusão, quase nada,
Dirão; de mim hão de sorrir...

Só mesmo o amor deixa vencido
Até o animal mais traiçoeiro;
Por amor se vence, se entristece,
E permanece combalido...

Chamem para mim o bombeiro,
Chamem para mim o meu amor primeiro;
Chamem, socorram-me correndo,
Pois de amor caí, estou morrendo...

Vem, vem resgatar-me,
Vem trazer-me de volta o meu amor;
Ó vento, sopra ao contrário,
Traz de novo o meu amor primeiro!  

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB) 

domingo, 16 de junho de 2013

Acordar...


Tarefa enfadonha
Apaixonar-se por alguém
E não avermelhar-se de vergonha
Ao senti-lo perto, coração com coração..

Embaralham-se as pernas,
Tropeçam os passos, a voz enrouquece,
O coração, de tanto acelerar, enlouquece...

Quando a noite cai
O amor da mente não sai,
Nem em sonhos adormece,
Mas armadilhas tece
Levando a alma para viajar...

Pelos fios do cabelo,
Pelas curvas do corpo em chamas...
Ainda se escuta uma voz a dizer: "Tu me amas!"...

Depois de uma noite inteira sonhando
Em viagens de núpcias, mares  navegando,
Desertos transpondo, abraços e beijos trocando,
Acordar!...  

Tarefa enfadonha
Acordar e sofrer de amor,
Não receber do amor o amor que se dá...
É mar sem fundo, deserto sem horizonte,
Coração sem motivos para continuar...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

sábado, 15 de junho de 2013

O maior no reino dos céus (Mt 18, 1 - 5)


18 Naquela hora aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?
2 E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles.
3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. 
4 Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. 
5 E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe.    
(MT 18, 1 - 5)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Rui Barbosa


Rui Barbosa de Oliveira nasceu no dia 5 de novembro de 1849, em Salvador, Bahia. Era filho do médico, intelectual e político João José Barbosa de Oliveira e de dona Maria Adília Barbosa de Oliveira e tinha uma irmã, chamada Brites, nascida no ano 1851. Alfabetizado aos cinco anos, cresceu sob rigorosa educação, rodeado de livros. Depois das lições recebidas do pai, decorava textos de portugueses e estudava música e  noções de oratória. Costumava subir numa mala, em pé, para fazer discursos. 

Aos onze anos de idade ingressou no Colégio Baiano, quando já escrevia versos. Tímido, era sempre o primeiro aluno da classe, e durante o recreio gostava mais de ler do que brincar. Em 1864 formou-se em humanidades, recebendo medalha de ouro das mãos do Arcebispo da Bahia, e pronunciou seu primeiro discurso durante a colação de grau, sendo muito aplaudido. 

Em 1866 matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, cursando apenas os dois primeiros anos. Nesse tempo fundou, com o colega Castro Alves, também estudante de Direito, uma sociedade abolicionista. Depois pediu transferência, juntamente com Castro Alves, para a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, no ano 1868, e passou a morar numa pensão ao lado da Faculdade. 

Em 1869 estreou na imprensa através do jornal político “A Independência”, fundado por Joaquim Nabuco, além de colaborar em outros periódicos como “A Imprensa Acadêmica”. Em março do mesmo ano propôs a criação do “Radical Paulistano”, órgão do “Clube Radical”, com ideias liberais, democráticas e pela extinção da escravatura. Formou-se no ano 1870 e depois voltou para a Bahia. 

Na Bahia, envolveu-se na política, alistando-se no Partido Liberal. Depois de se recuperar de uma longa enfermidade, iniciou sua carreira como advogado ao trabalhar no escritório do Conselheiro Dantas e de Leão Veloso, e continuou no jornalismo. Fez sua estreia no júri em março de 1872 e conseguiu a condenação de um réu que seduziu uma moça pobre. Nesse tempo iniciou grande amizade com o filho do conselheiro, Rodolfo Dantas, proprietário e diretor do jornal “Diário da Bahia”, órgão do Partido Liberal. Rui tornou-se redator-chefe do periódico, como voluntário, quando passou a fazer campanhas pela abolição dos escravos, reforma eleitoral, liberdade religiosa e sistema federativo. 

No dia 23 de novembro de 1876 casou-se com Maria Augusta Viana Bandeira, com quem viveu o resto de sua vida, tendo o casal cinco filhos: Maria Adélia, nascida em 1878, Alfredo Rui, nascido em 1879, Francisca, nascida em 1880, João, nascido em 1890 e Maria Luísa Vitória, nascida em 1894. 

No dia 13 de janeiro de 1878 foi eleito deputado à Assembleia Legislativa Provincial da Bahia pelo Partido Liberal, obtendo 1.071 votos, destacando-se por seus discursos e comícios. Em setembro do mesmo ano elegeu-se deputado geral, mudando-se para o Rio de Janeiro, quando se tornou o porta-voz do governo junto aos deputados. 

Em 1880, como membro da Comissão de Instrução Pública da Câmara, fez, durante dois anos, uma pesquisa bibliográfica sobre os métodos pedagógicos mais modernos e elaborou pareceres com propostas para a melhoria do ensino brasileiro, como o funcionamento de escolas superiores particulares, o reforço do ensino técnico e o acesso das mulheres às faculdades. Por causa disso, recebeu de dom Pedro II, em 31 de maio de 1884, o título de conselheiro, que usou por toda a vida. 

Sem conseguir se eleger nas eleições de maio de 1885, Rui continuou na política, tornando-se um dos principais opositores do governo, participando também de campanhas abolicionistas. Ao fim da escravidão, em 13 de maio de 1888, envolveu-se com ideias republicanas. Depois, com a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, Rui Barbosa assumiu as pastas da Fazenda e da Justiça, assumida interinamente, até ser assumida por Campos Sales. 

Nos primeiros anos do governo republicano, Rui deu importante colaboração, como nas medidas da liberdade de culto, separação entre igreja e estado, criação do registro civil, etc. Na pasta da Fazenda, porém, ele fracassou, quando provocou uma crise financeira, conhecida como “encilhamento”, que provocou sua demissão do cargo. A partir daí, afastou-se da política, trabalhando na defesa dos direitos e liberdades públicas e individuais, tornando-se uma das pessoas mais conhecidas do país. 

Em setembro de 1893 houve o movimento da “Revolta da Armada”, liderada por Custódio de Melo, mas Floriano Peixoto imaginou que Rui Barbosa fosse o autor intelectual, e mandou prendê-lo, mas Rui conseguiu escapar a bordo de um navio mercante, exilando-se na Argentina. Duas semanas depois tentou voltar ao Rio de Janeiro, mas temendo por sua vida, embarcou no navio “Aquidahã”, do movimento rebelde, e viajou, com sua família, para Buenos Aires. Em seguida viajou para Lisboa em março de 1894, mas por pressões diplomáticas transferiu-se para a Inglaterra, aonde chegou três meses depois. Só voltou ao Brasil no governo de Prudente de Morais, no fim de julho de 1895. 

Foi então reeleito senador pela Bahia, quando subiu na tribuna do Senado, em 24 de agosto de 1895, em defesa de uma anistia ampla para todos os punidos por Floriano Peixoto, além de defender a pacificação do Rio Grande do Sul. Em julho de 1907 foi escolhido como chefe da delegação brasileira em Haia, Holanda, para a participação brasileira na II Conferência de Paz, composta por 44 nações, que teve sua abertura solene no dia 15 de junho do mesmo ano. No início o representante brasileiro não despertou interesse, mas seus discursos logo despertaram a admiração de todos, ao defender direitos iguais para todos os países, independente de suas forças militares ou financeiras. Defendeu a “força do direito contra o direito da força”. 
A Conferência teve seu encerramento no dia 18 de outubro daquele mesmo ano. 

De volta ao Brasil, Rui foi aclamado pelo povo e pelo governo, consagrado como a “Águia de Haia”. No ano seguinte assumiu a vaga deixada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras. 

Em 1909 lançou-se como candidato à presidência da República, disputando com o candidato das oligarquias, Marechal Hermes da Fonseca, mas não se elegeu. Em 1919 novamente concorreu, mas perdeu para Epitácio Pessoa. Dois anos depois, o Conselho da Sociedade das Nações discutia a criação de uma Corte de Justiça Internacional e Rui teve a maior votação para integrar o alto tribunal. 

Em março de 1921, com a saúde abalada, renunciou à sua cadeira no Senado. Em setembro foi eleito pela Liga das Nações membro da Suprema Corte Permanente de Justiça Internacional de Haia, obtendo a maior votação, num total de 38 votos. 

Em dezembro de 1922 viajou para Petrópolis, em busca de um clima favorável à sua saúde, lá falecendo no dia 1º de março de 1923. Seu corpo foi levado num trem especial para o Rio de Janeiro, onde foi velado na câmara-ardente da Biblioteca Nacional. Seu esquife foi trasladado para o cemitério São João Batista, onde foi sepultado. Em 1949 seus restos mortais foram trasladados para o Tribunal de Justiça da Bahia, em Salvador, hoje Fórum Rui Barbosa. Deixou inacabada sua obra “A Imprensa e o dever da verdade”, falando sobre o jornalismo na construção da cidadania. 

Pensamentos de Rui Barbosa:
* A felicidade está dentro de nós. Foi-nos dada. A infelicidade está fora e somos nós que a vamos procurar.   
* O domicílio é a fortaleza do indivíduo. 
* O suborno envilece tanto a mão que o paga, como a que o recebe. 
* Onde os meninos comparecem de doutores os doutores não passarão de meninos. 
* Orgulho! Nada mais tolo que o orgulho, nada mais duro e odioso que a intolerância, nada mais perigoso ou ridículo que a vaidade. 
* No jogo o que menos se perde é o dinheiro.   

Bibliografia: 
PROJETO Memória: Rui Barbosa. Fundação Banco do Brasil/ Fundação Odebrecht, Rio de Janeiro, 1999. 
ENCICLOPÉDIA de Educação Moral, Cívica e Política. Vol. IV. São Paulo, Michalany, 1971. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

O que a Letônia acha do meu blog?


Acho interessante o que está ocorrendo com o meu humilde blog "Curiosidades e Poemas": ele está sendo visitado pelo povo da Letônia, um país distante do Brasil, de costumes e cultura diferentes daqui, inclusive seu idioma. Somente hoje, dia 13 de junho de 2013, às 13h36 m, meu blog já foi visitado por 170 pessoas, e ao todo já são quase 800 visitas daquele país. Veja quadro abaixo das visitas de hoje, até o momento, tirado da administração interna do meu blog:    

Visualizações de página por país:
Entrada                     Visualizações
Letônia                           170
Brasil                              109
Estados Unidos                11
China                                  8
Reino Unido                       2
Costa Rica                         1
França                                1
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ouro


Símbolo: Au
Massa atômica: 196,96654
Número atômico: 79
Ponto de fusão: 1337,33 K  (1.063 ºC)
Ponto de ebulição: 3129 K (2966 ºC)
Densidade: 19,3 g/cm³
Ano da descoberta: Antes de Cristo
Autor da descoberta:        –
Origem do nome: Latina: Aurum
Significado:          –
Utilidades: Joias, medalhas, odontologia, coroas, etc.

Características:
O ouro é um metal amarelo brilhante, denso, maleável, dúctil, que não reage à maioria dos produtos químicos, mas é sensível ao cloro e ao bromo. À temperatura ambiente encontra-se em estado sólido, e é encontrado em estado puro em forma de pepitas e depósitos aluvionais. 
De fácil manuseio, pode-se obter, com apenas um grama de ouro, um fio de 3 km de extensão e 0,05 mm de diâmetro, ou uma lâmina quadrada de 70 cm de largura e espessura de 0,1 micrômetro. Em estado puro ele é muito mole, por isso é preferível endurecê-lo, formando liga metálica com prata e cobre. É bom condutor de eletricidade e resistente à corrosão. É possível que o ouro tenha sido o primeiro metal utilizado pelo homem, visto que foi encontrado um artefato de ouro na tumba da rainha egípcia Zer; era conhecido também na Suméria e no Egito em 2600 a.C.     

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Ósmio


Símbolo: Os
Massa atômica: 190,2  
Número atômico: 76
Ponto de fusão: 3306 K  (3033 ºC)
Ponto de ebulição: 5.285 K (5012 ºC)
Densidade: 22,5 g/cm³
Ano da descoberta: 1803
Autor da descoberta: Tennant
Origem do nome: Grega: Osmé
Significado: Odor
Utilidades: Bijuteria, etc.

Características: 
O ósmio é um metal de aspecto branco azulado, duro e quebradiço, mesmo em altas temperaturas; à temperatura ambiente se encontra em estado sólido. É mais fácil obtê-lo em forma de pó; mesmo exposto ao ar tende à formação do tetróxido de ósmio, tóxico, oxidante energético e volátil com um forte odor. Resistente à corrosão, e ao ataque dos ácidos, o ósmio dissolve-se melhor por fusão alcalina.   

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Igreja de Taperoá (PB)

Fotografar a igreja sempre não é sinal de rotina,
Falta de inspiração;
É porque, sob qualquer ângulo,
Há sempre um céu primoroso, diferente,
Como pano de fundo,
E, à frente dela,
Há sempre um convite à oração...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Igreja Matriz de Taperoá (PB), de madrugada)  

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Solidão

É assim,
Uma vida jogada na lama,
Uma vida sem rumo,
Ela é assim...

É assim,
Um retrato opaco,
Poluição sob a ponte,
Ela sofre sem fim...

Quanta ilusão alimentou,
Quantos sonhos lindos teceu,
Para acabar aqui...

Jogada ao relento,
Sob a ponte, num rio poluído,
Ela vive de qualquer jeito,
Ela vive por viver...

Ao fim do dia,
Sob o claro da Lua,
Ela se ilumina de qualquer jeito
E vai... E vai buscar sua droga,
Ela vai buscar conforto para sua solidão...

Ela é assim,
Pois dizem que ela ama, só ama
O que consome, e quem a consome...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Albert Einstein


Albert Einstein nasceu numa sexta-feira, às 11h30 do dia 14 de março de 1879, à Rua Bahnhofstrasse, nº. 135, em Ülm, cidade do estado de Württemberg, sul da Alemanha. Seu pai chamava-se Hermann Einstein e sua mãe chamava-se Pauline Koch. Aos dois anos de idade ganhou uma irmã, chamada Maria Einstein e apelidada de Maja. 

Nasceu com a cabeça pontiaguda, que preocupou sua mãe, mas que depois tomou um formato normal; teve seu desenvolvimento lento, pois começou a falar apenas aos três anos de idade e até aos nove se expressava com dificuldade. Por causa disso, os pais pensavam que tinha algum problema mental, e a empregada o chamava de “burro”. 

Tímido e retraído, não tinha amigos e gostava de brincar sozinho, construindo estruturas espaciais, prédios altos e castelos com cartas de baralho, e não gostava de ler. Às vezes tinha acessos de raiva, e num deles, feriu a cabeça de sua irmã com uma bola de boliche; aos cinco anos de idade, jogou uma cadeira contra sua professora particular. 

Também aos cinco anos ganhou do pai, depois que se recuperou de uma enfermidade, o presente que mais o impressionou: uma bússola. Por causa do ponteiro dela sempre se manter na mesma posição, embora em qualquer direção, fez Albert imaginar uma força misteriosa que movia o ponteiro, e quis saber qual era. Foi então que o magnetismo entrou definitivamente em sua vida. Ainda na infância aprendeu a tocar violino, ensinado por sua mãe, e aprendeu tocar piano vendo sua mãe dedilhar um. Aos seis anos teve aulas sobre o judaísmo, religião dos seus pais, mas logo abandonou as aulas.  

Já morando em Munique desde 1880, com a família, onde seu pai e seu tio abriram uma fábrica, aos sete anos foi estudar em Volksschule, escola pública e católica de Munique, sendo o único judeu da classe. Quando se mudou para outra escola, Luitpold, tinha dificuldade em geografia, história, francês e grego. O professor de grego, Joseph Degenhart, certo dia disse-lhe: “Einstein, você não dará em nada!”. Esforçava-se para tirar notas boas, e seu professor de latim e alemão, Ferdinand Ruess, mostrou-lhe as obras de Shakespeare e Goethe. 

Aos dez anos começou a estudar física e matemática, e estudava filosofia por conta própria. Depois também se tornou autodidata em matemática avançada. Aos doze anos estudava geometria, e lia livros de ciências e filosofia emprestados de um estudante de medicina, Max Talmud, que jantava em sua casa.  

Em 1894 a família mudou-se para a Itália, em busca de melhores condições de vida, mas Albert ficou em Munique, morando numa pensão. Para fugir do alistamento obrigatório alemão, conseguiu um atestado médico alegando estafa mental e uma carta de recomendação de um professor de matemática; abandonou a escola e foi para Pavia, perto de Milão, onde aprendeu italiano e visitou museus. 

Em Milão, reuniu-se à família, cuja fábrica estava falindo. Como ainda não tinha o diploma ginasial, optou em estudar na Escola Politécnica de Zurique, na Suíça, para onde se mudou. Em outubro de 1895 fez exame de admissão para a escola, mas foi reprovado em botânica, zoologia e línguas modernas, e ainda tinha dois anos de idade a menos permitidos para a admissão na escola. Suas boas notas em física e matemática surpreenderam a banca examinadora, e o diretor da Politécnica, professor Albin Herzog, orientou Albert a se inscrever na Kantonsschule, escola secundária de Aarau, na Argóvia, região da Suíça que falava alemão, para terminar seus estudos secundários.         

Em Aarau, morou em casa do professor Jost Winteler. Em setembro de 1896, novamente prestou exames na Escola Politécnica de Zurique, sendo aprovado com notas máximas em matemática, física, canto e violino. A partir daí renunciou à cidadania alemã. 

Na Politécnica, Albert começou a faltar aulas e a ler livros sobre física teórica: os livros dos cientistas Boltzmann, Maxwell, Hertz, etc. Seu professor de matemática, o russo-alemão Hermann Minkowski, chamou-o de “cão preguiçoso”, por causa de sua ausência nas aulas. Albert só passava nas provas por causa da ajuda dos amigos Marcel Grossman, Mileva Maric, sua futura esposa, e o engenheiro mecânico Michelangelo Besso. Com os três sempre se reunia para discutir sobre matemática, teorias e ideias científicas, e com eles frequentava cafés e concertos, ao invés de assistir às aulas. Para passar de ano, pedia emprestado os apontamentos de Grossman, e sempre tirava ótimas notas. Para financiar os estudos, recebia uma mesada de uma tia e ensinava física e matemática. 

Quando se formou, não mais contou com a ajuda da tia e ainda ficou sem cidadania. Para sobreviver, dava aulas particulares e no ensino secundário, até se tornar professor, entre maio e julho de 1901, quando substituiu o professor Jakob Rebstein, dando aulas de matemática na Escola Técnica de Winterthur. Entre outubro de 1901 e janeiro de 1902, foi professor no internato de Schaffhaüsen.

Em 1900 apaixonou-se pela colega de classe da Politécnica, Mileva Maric, uma húngara que estudava matemática. Mileva nasceu em 19 de dezembro de 1875, na cidade de Titel, na Vojvodina, região da antiga Iugoslávia, que pertencia à Hungria. Ela falava alemão e francês, e em 1896 foi aprovada para estudar na Universidade de Zurique. A família de Albert não gostava de Mileva e se opôs ao casamento. Quando estava grávida de três meses, Mileva deixou os estudos e voltou para a casa dos pais. Em janeiro de 1902 nasceu a filha do casal, Lieserl, assumida pelos pais de Mileva. Albert e Mileva se casaram em 03 de janeiro de 1903, em cerimônia humilde. O casal ainda teve mais dois filhos: Hans Albert (1904 – 1973) e Eduard (1910 – 1965). Não se teve mais notícias da primeira filha, Lieserl; talvez tenha sido adotada ou tenha morrido de escarlatina, e é possível que Albert jamais a tenha conhecido. O casal viveu até o ano 1914, quando Albert foi transferido para Berlin; Mileva o acompanhou por um tempo, mas depois voltou a morar em Zurique, onde permaneceu pelo resto da vida. Ela faleceu no ano 1948.    

Na páscoa de 1902 Albert foi indicado para trabalhar no escritório de Patentes de Berna; nesse ano formou com os amigos Maurice Solovine, jovem arquiteto romeno, Conrad Habicht, ex-colega da Politécnica, então engenheiro, e Michelangelo Besso, a “Akademie Olympia”, que era uma provocação às academias científicas. A academia funcionou diariamente entre junho de 1902 e julho de 1903. Os amigos se reuniam em cafés, cervejarias e em suas casas. A partir de 1903, depois do casamento de Albert, as reuniões passaram a ser realizadas em seu apartamento, à Rua Kramgasse, 49, onde se debatia filosofia, ciência, literatura e as ideias de Marx e Mach. 

No escritório de Marcas e Patentes de Berna permaneceu até o ano 1909, com um salário de 3.500 francos suíços. No dia 7 de maio de 1909 foi efetivado como professor-assistente de física da Universidade de Zurique, e, no ano seguinte, da universidade de Praga.     

Separado, quase não via os filhos; o divórcio foi realizado em 1919. Albert, porém, correspondia-se, desde 1912, com sua prima Elsa Löwenthal, enfermeira divorciada e mãe de duas meninas, Ilse e Margot. A partir de 1917 Elsa foi cuidar da saúde de Albert, acometido de uma úlcera e séria doença do fígado. Em pouco tempo passaram a morar juntos, e em 2 de junho de 1919 eles se casaram e viveram juntos até a morte de Elsa, em 20 de dezembro de 1936. Mesmo casado com Elsa, ele teve diversas amantes, entre elas Ethel Michanowski, uma socialite de Berlim. Também teve um caso com Margarita, a “amante espiã russa”. 

Em 1905, publicou, na “Revista Anais da Física”, de Leipzig, Alemanha, três artigos em alemão. Em março, publicou o primeiro, intitulado: “Um ponto de vista heurístico sobre a geração e transformação da luz”. Em maio, o segundo: “Sobre os movimentos de partículas suspensas em líquidos em repouso conforme a teoria cinética do calor”. Em junho, o terceiro: “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento”. Foi a primeira parte da “Teoria da Relatividade Restrita”. 

A partir desses artigos, Albert elaborou as “Teorias da Relatividade”, derrubando as ideias de Isaac Newton sobre as medidas fixas de tempo e movimento. Ele demonstrou que todo movimento é relativo, que tudo que medimos é a velocidade com que nos movimentamos em relação a alguma coisa. Demonstrou que há uma relação entre a massa e a energia dos objetos em movimento, que expressou na equação: E= mc² que quer dizer que a energia (E) contida em qualquer partícula de matéria é igual à sua massa (m) multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz (c2). Com essa fórmula obtém-se a energia nuclear.      

Em 1914 mudou-se para Berlim, onde se tornou professor da universidade, diretor do Instituto Imperador Guilherme e membro da Academia de Ciências da Prússia. Em 1916 publicou a segunda parte da Teoria da Relatividade, sob o título: “A Teoria da Relatividade Geral”. Em 1921 recebeu o Prêmio Nobel de Física, pelo trabalho sobre o efeito fotoelétrico, que define que a luz se comporta ora como uma onda, ora como uma partícula. 

Acreditava em Deus e era contrário à guerra, e publicou um livro sob o título: “Guerra, por quê?”. Em 1932 visitou a Califórnia e no ano seguinte renunciou aos seus cargos em Berlim, mudando-se para os Estados Unidos, para trabalhar no Instituto de Estudos Avançados de Princeton. 

Por esse tempo os alemães descobriram a fissão nuclear, capaz de liberar imensas quantidades de energia. Alertado pelo cientista Fermi, Albert escreveu uma carta ao então presidente dos Estados Unidos, Roosevelt, que resultou no “Projeto Manhattan” e depois na bomba atômica. 

Em 1946 apoiou projetos de formação de um novo governo mundial e a troca de segredos militares entre as grandes potências para o equilíbrio da paz mundial. 

Albert Einstein faleceu em 18 de abril de 1955, num hospital de Princeton, em Nova Jersey, Estados Unidos, de um aneurisma da aorta.       

 Pensamentos de Albert Einstein:
* “Educação é aquilo que fica, quando se esquece o que ensinou a escola”. 
* “O grande problema da humanidade não está no domínio da ciência, mas no domínio dos corações e das mentes humanas”. 
* “O mais incompreensível no Universo é que ele é compreensível”. 
* “Onde há amor não há perguntas”. 
* “Os intelectuais resolvem problemas, os gênios os evitam”. 
* “A pior coisa da nova geração é que já não pertenço a ela”. 
* “Não se preocupem com os vossos problemas com a matemática. Posso vos assegurar que os meus são maiores ainda”. 
   
Bibliografia:
COHEN, Marleine. Biblioteca Época: personagens que marcaram época – Albert Einstein. São Paulo, Globo, 2007. 
ENCICLOPÉDIA Abril cultural, vol. 1, nº. 9. São Paulo, Abril cultural, 1968.
ATTICO, Chassot. A ciência através dos tempos, pág.158-60. São Paulo, Moderna, 1994. 
BIBLIOTECA Científica Life: A Energia, pág. 193. Rio de Janeiro, José Olympio, 1969.      

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet) 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Pitágoras


Pitágoras nasceu em Samos, Grécia, possivelmente no ano 580 a.C. Seu pai era o grande comerciante Mnesarcos e sua mãe se chamava Pítia. De profunda inteligência, já aos 16 anos de idade não tinha professores que lhe superasse. Por isso, foi mandado para Mileto para estudar com Tales, o maior sábio da época e o primeiro grego a se dedicar cientificamente aos números. Pouco tempo depois Tales passou a estudar as descobertas geométricas e matemáticas do aluno. 

Adulto, Pitágoras ampliou seus estudos pelas ciências e religiões de outros povos, o que o levou a viajar para a Síria, Arábia, Pérsia, Índia e Egito. No Egito viveu por mais de 20 anos e se tornou sacerdote da religião egípcia, mas tornou-se cativo de Cambises, quando este conquistou o Egito, e foi mandado para a Babilônia, onde se aperfeiçoou nas ciências de lá. Livre, aos 50 anos de idade voltou a Samos, onde quis abrir uma escola, mas a cidade estava dominada pelo ditador Polícrates, que não permitia escolas e templos. Viajou então para Crotona, no sul da Itália, onde se dedicou à educação de filhos de nobres. Lá fundou sua escola, onde ensinou aritmética, geometria, música, astronomia, religião e moral. 

Com o tempo a escola passou a ser uma comunidade religiosa, filosófica e política, e os alunos formados ocupavam altos cargos do governo local. Isso possivelmente trouxe inveja aos mais pobres, que, segundo alguns historiadores, incendiaram a escola e mataram Pitágoras. Outros historiadores acreditam que ele foi exilado para Metaponto, na Lucânia, onde morreu aos 80 anos de idade, no ano 496 a.C. 
Pitágoras foi o primeiro pensador a usar a palavra filósofo (Sophos = sábio; sophia = saber; philos = amigo), isto é, amizade do saber. Imaginava o Universo um conjunto de átomos, cuja disposição dá forma à matéria. Imaginava também que os números são pontos que determinam formas, e formulou vários teoremas. 

Em termos de religião, acreditava que na morte a alma migra para outro corpo humano ou animal e que só com a alma pura o homem se liberta, e sua alma vai para o céu. Alma pura para ele significa austeridade, coragem, piedade, obediência e lealdade. Pregava ainda a honra aos deuses acima de tudo e a honra a pai e mãe. 

Por ser supersticioso, não comia carne por acreditar na reencarnação, não comia favas, não atiçava fogo ao ferro, etc. Dizia que a melhor forma de purificar a alma é através da música e que o Universo é uma escala ou um número musical, cuja existência se dá através da sua harmonia. Como astrônomo, imaginava o Universo em movimento; como filósofo, fundou uma nova escola que inspirou Platão. 

Pensamentos de Pitágoras: 
* O efeito de um bom conselho depende muitas vezes da maneira como se dá. 
* Segue o teu ideal sem ostentação para não atraíres a incompreensão hostil dos ignorantes. 
* Com ordem e tempo se encontra o segredo de fazer tudo, e fazê-lo bem.  
* A tua primeira lei deve ser de respeito a ti mesmo. 
* Não desprezes ninguém; um átomo faz sombra. 
* Quem fala, semeia; quem escuta, recolhe. 
* Sede meigos e agradáveis para com os outros, austero sê-lo-eis para vós. 
* A muralha mais segura e forte contra a opressão e a tirania é a união dos cidadãos. 
* Uma bela velhice é, comumente, recompensa de uma bela vida. 
     
Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol. 1, fascículo 11, pág. 169. São Paulo, Abril, 1966. 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. IX. Porto Alegre, Abril, 1974. 
CHASSOT, Attico. A ciência através dos tempos, pág. 34. São Paulo, Moderna, 1994.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Nobélio


Símbolo: No  
Massa atômica: 259,1009
Número atômico: 102
Ponto de fusão: 1100 K (826,8 ºC) - previsto
Ponto de ebulição: sem dados
Ano da descoberta: 1957
Autor da descoberta: P. Fields
Origem do nome: Homenagem a Alfred Nobel
Significado:           –
Utilidades: Elemento radioativo.

Características:
Poucas quantidades desse metal foram produzidas, sendo ele usado apenas para pesquisa. É sintetizado pelo bombardeamento do cúrio com íons de carbono. Possivelmente apresenta cor branca prateada ou acinzentada; seu isótopo mais estável - o nobélio-254, tem meia-vida de apenas 55 segundos. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Nitrogênio


Símbolo: N
Massa atômica: 14,00674
Número atômico: 7
Ponto de fusão: 63,15 K (-210 ºC)
Ponto de ebulição: 75,36 K (-198,7 ºC)
Densidade: 0,97 g/cm³
Ano da descoberta: 1772
Autor da descoberta: Daniel Rutherford
Origem do nome: Grega: Nitro genes
Significado: Gerador de salitre.
Utilidades: Combustível para foguete, adubos, explosivos, etc.

Características: 
O azoto ou nitrogênio, como é mais conhecido, é o 5º elemento mais abundante no Universo. Em condições normais de temperatura ele é encontrado em estado gasoso, em sua forma molecular biatômica, formando mais ou menos 78% do volume do ar atmosférico, mas não participa da combustão ou da respiração. É um gás incolor, inodoro e insípido; chega ao solo através de compostos orgânicos (vegetais e animais), e inorgânicos. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)