quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Bário



Símbolo: Ba
Massa atômica: 137,327
Número atômico: 56
Ponto de fusão: 1000 K (727 ºC)
Ponto de ebulição: 2170 K (1870 ºC)
Ano da descoberta: 1808
Autor da descoberta: Humphry Davy
Origem do nome: Grega: Barys
Significado: Pesado, denso
Utilidades: Pigmentos para papel, fogos de artifício, etc.

Características: 
É um elemento metálico semelhante ao cálcio, porém macio. Tem aspecto branco prateado semelhante ao chumbo. Oxida facilmente quando exposto ao ar e é altamente reativo com água ou álcool.
É extraído da barita, que é o sulfato de bário cristalizado. Tóxico, e a maior parte dos seus compostos é venenosa. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Astato


 Símbolo: At
Massa atômica: 209,9871
Número atômico: 85
Ponto de fusão: 575 K (302 ºC)
Ponto de ebulição: 610 K (337 ºC)
Anos da descoberta: 1931  - 1940
Autores da descoberta: F. alliston (Alabama)  e Emílio Gino Segré                                          



Origem do nome: Grega: Astatos
Significado: Instável
Utilidades: Elemento radioativo, só é usado ainda em testes teóricos.

Características:
É um elemento químico altamente radioativo, com caráter mais metálico que o iodo, mais pesado entre os alogênios, e apresenta 5 estados de oxidação: +7, +5, +3, +1 e -1. 
Só existe na crosta terrestre como isótopos radioativos, e é encontrado em minerais de urânio e tório. Foi sintetizado pelo bombardeamento de bismuto com partículas Alfa. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

domingo, 28 de outubro de 2012

"Olha o passarinho!" - Como surgiu a expressão


No final do século XIX, com o surgimento da fotografia, surgiu também a expressão popular: "olha o passarinho!", que foi um truque dos fotógrafos da época, chamados de retratistas, para atrair a atenção das pessoas, principalmente as crianças. Na ocasião eles colocavam um passarinho numa gaiola em local acima da máquina e diziam a frase para que os fotografados olhassem para a gaiola enquanto fixava a imagem, pois as máquinas fotográficas da época eram lentas e exigiam mais de um minuto para realizar esse trabalho.  

(Texto e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Conto de areia (Clara Nunes)

É água no mar,
É maré cheia, ô,
Mareia ô, mareia.

Contam que toda tristeza que tem na Bahia
Nasceu de uns olhos morenos molhados de mar;
Não sei se é conto de areia ou se é fantasia
Que a luz da candeia alumia pra gente contar.
Um dia a morena enfeitada de rosas e rendas
Abriu seu sorriso de moça e pediu pra dançar;
A noite emprestou as estrelas bordadas de prata,
E as águas de Amaralina eram gotas de luar.

Era um peito só,
Cheio de promessa, era só.

Quem foi que mandou o seu amor
Se fazer de canoeiro!
O vento que rola nas palmas
Arrasta o veleiro
E leva pro meio das águas de Iemanjá,
E o mestre valente vagueia
Olhando pra areia sem poder chegar.

Adeus, amor,
Adeus, meu amor, não me espera,
Porque eu já vou me embora
Pro reino que esconde os tesouros de minha senhora.
Desfia colares de conchas pra vida passar
E deixa de olhar pros veleiros;
Adeus, meu amor, eu não vou mais voltar.

Foi beira-mar, foi beira-mar quem chamou.

Clara Nunes – autores: Romildo/Toninho 
Disco: “Alvorecer” – 1974 – Odeon – SMOFB 3835

Mãe África


No sertão, mãe que me criou
Leite seu nunca me serviu
Preta Bá foi que amamentou
Filho meu e o filho de meu filho.

No sertão, mãe preta me ensinou
Tudo aqui nós que construiu
Filho, tu tem sangue nagô
Como tem todo esse Brasil.

Oiê, pros meus irmãos de Angola, África,
Oiê, pra Moçambique – Congo, África
Oiê, pra toda nação banto, África,
Oiê, do tempo do quilombo, África.

Pelo bastão de Xangô
E o caxangá de Oxalá,
Filho Brasil pede a bênção, Mãe África;
Pelo bastão de Xangô
E o Caxangá de Oxalá,
Filho Brasil pede a bênção de Mãe África.

Clara Nunes - autores: Paulo César Pinheiro/Sivuca
Disco: "Nação" - 1982 - EMI-Odeon - 062 421236

Chegada


Chego.  Bato à porta da tua alma,
E dizes: "entre!"
Entro e te envolvo nos meus suores
Sem meias palavras, pudores;
Entro e caio feito peixe em rio turbulento
Para nadar, nadar rumo ao infinito...

Meu lar agora é outro; meu lar é o teu corpo
E meu espelho é a tua alma.
Teu sorriso límpido me traduz mistérios,
E olha, eu jamais pensei em mistérios...

Sinto teu corpo em mim e vejo tua alma;
Uma luz brilha em teus olhos,
Uma luz que me transporta para outras dimensões...

Minha vida agora é outra; minha vida é tua vida,
E meu caminho é teu caminho;
Assim, agora sou livre, sou feliz...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Quem me dera (Clara Nunes)


Ai, quem me dera,
Não sei quem eu sou,
E voltar novamente a ser quem era.       (Bis)   Refrão

Voltar ao subúrbio da minha infância
Colhendo pandoca, pião de madeira;
Não há quem sufoque a doce lembrança
De dona Cristina descendo a ladeira...

Ai, quem me dera...

Amarelinha traçada na rua,
Cinema cem réis só na domingueira
E a vida espiando, cismando, guardando
E o tempo aumentando, me dando canseira,
E o tempo aumentando, me dificultou,
Torceu meu destino de toda maneira.
Sei lá de onde vim, sei lá pra aonde vou
Tenho pra morrer uma vida inteira.

Ai, quem me dera...

E me aborrece viver mal assim,
Pois mal se acorda e tem uma barreira
E gente calando, medrando na vida,
Guardando o pião, largando a fieira.
Ai, quem me dera...

Clara Nunes – autores: Maurício Tapajós/ Hermínio Bello de Carvalho
Extraído do CD de Maurício Tapajós "Sobras Repletas"

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Medo da chuva


É pena que você pense
Que eu sou seu escravo,
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir...

Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao seu lado, sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver!

Eu perdi o meu medo,
O meu medo, o meu medo da chuva,
Pois a chuva, voltando
Pra terra, traz coisas do ar...

Aprendi o segredo, o segredo,
O segredo da vida,
Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar!

Eu não posso entender
Tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem aquilo
Que o padre falou...

Porque, quando eu jurei meu amor,
Eu traí a mim mesmo; hoje eu sei
Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez...
Uma vez...

Eu perdi o meu medo,
O meu medo, o meu medo da chuva,
Pois a chuva, voltando
Pra terra, traz coisas do ar...

Aprendi o segredo, o segredo,
O segredo da vida,
Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar,
Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar,
Vendo as pedras que sonham sozinhas no mesmo lugar!

Tu és um menino assim...


Tu és um menino assim,
Belo como se vê;
Um rapaz moderno, travesso,
Que é o meu bem-querer...

Eu quero ter você para mim,
Vem me fazer bem feliz;
Vem me amar com doçura,
Vem me promover um bis...

Menino bonito e moderno,
Não ligue para o que sou:
Uma mulher que muito já viveu,
Mas de amar jamais se cansou...

Menino dos cabelos penteados
Como quem faz parte de uma tribo qualquer;
Vem fazer parte do meu corpo um pouco cansado,
Mas que sabe amar como toda mulher...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Hino do sesquicentenário da Independência do Brasil

Marco extraordinário,
Sesquicentenário da Independência!
Potência de amor e paz,
Esse Brasil faz coisas que ninguém imagina que faz!

É dom Pedro I,
É dom Pedro do Grito!
Esse grito de glória
Que à cor da História a vitória nos traz
Na mistura das raças,
Da esperança que uniu
No imenso continente,
Nossa Gente, Brasil!

Sesquicentenário
E vamos mais e mais
Na festa do amor e da paz! (Bis)




Eu estou aqui (William Shakespeare)


Há certas horas em que não precisamos de um amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado
Ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos para chorar,
Que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou aqui!

(Poesia: William Shakespeare - Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Só (Anacreonte)

Não há ninguém em meu caminho,
Ninguém há de saber que eu existi;
Das dores e angustias que senti,
Da falta secular de um carinho.

Nem um único ser, cruel, mesquinho,
Que possa me dizer do que perdi,
Que reviva toda a vida que vivi
E nunca mais eu viverei sozinho.

Mas não, nem um ser sequer me vem,
Tudo em volta me cuida com desdém;
Por décadas é este o meu calvário.

Se o mundo não percebe que eu existo
Cansado de lutar, hoje desisto
E sigo meu destino solitário.

(Poesia: Anacreonte Sordano - Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Sabiá (Clara Nunes)


A todo mundo eu dou psiu
Perguntando por meu bem,
Tendo o coração vazio
Vivo assim a dar psiu,
Sabiá, vem cá também!

Tu que andas pelo mundo,
Tu que tanto já voou,
Tu que fala aos passarinhos,
Alivia minha dor;
Tem pena “deu”,
Tens, por favor!
Tu que cantas pelo mundo,
Onde anda o meu amor?
Sabiá!

A todo mundo eu dou psiu (Siu, siu)
Perguntando por meu bem, (siu, siu)
Tendo o coração vazio
Vivo assim a dar psiu,
Sabiá, vem cá também!

Tu que andas pelo mundo, (sabiá)
Tu que tanto já voou, (sabiá)
Tu que fala aos passarinhos, (sabiá)
Alivia minha dor; (sabiá)
Tem pena “deu”, (sabiá)
Tens, por favor! (sabiá)
Tu que cantas pelo mundo, (sabiá)
Onde anda o meu amor? (sabiá)
Sabiá!
(Clara Nunes – autores: Luiz Gonzaga/Zé Dantas)
Disco: “Clara Nunes” – 1971
Odeon – MOFB 3667 –

(Vídeo: Eliza ribeiro - Taperoá - PB) 


Arsênio


Símbolo: As
Massa atômica: 74,92159
Número atômico: 33
Fusão: 1090 K (862 ºC)
Ponto de ebulição: 887 K (614 ºC)
Densidade: 5,7 g/cm³
Ano da descoberta: 1250
Autor da descoberta: Magnus
Origem do nome: Grega: Arsenikós
Significado: Macho (os gregos acreditavam que os metais tinham sexo).
Utilidades: Chumbo de caça, veneno, remédios, etc.

Características
Apresenta 3 estados alotrópicos: cinza ou metálico, amarelo e negro. O metálico é o mais estável, sendo bom condutor de calor mas não conduz eletricidade. O amarelo é volátil e mais reativo, que apresenta fosforescência à temperatura ambiente.
O negro tem propriedades intermediárias entre as outras formas, e reage violentamente com o cloro e se combina, quando aquecido, com o ácido clorídrico, na ausência do oxigênio. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Argônio


Símbolo: Ar
Massa atômica: 39,948
Número atômico: 18
Fusão: 83,80 K (-189, 35 ºC)
Densidade: (em relação ao ar) 1,38
Ponto de ebulição: 87,30 K (-185,85 ºC)
Ano da descoberta: 1884
Autor da descoberta: Sir Willian Ramsay e Sir Walter Rayleigh
Origem do nome: Grega: árgon
Significado: Inativo, preguiçoso
Utilidades: Gás para lâmpadas, lâmpadas fluorescentes, laser, contador Geiger, etc.

Características: 
O argônio é um gás monoatômico incolor e inodoro tanto no estado líquido ou gasoso. Ó obtido através da destilação fracionada do ar líquido. Emite luz lilás quando sujeito a um campo elétrico de alta voltagem.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Antimônio



Símbolo: Sb
Massa atômica: 121,75
Número atômico: 51
Ponto de fusão: 903,78 K (630,63 ºC)
Ponto de ebulição: 1860 K (1587 ºC)
Densidade: 6,6g/cm3
Ano da descoberta: 1604
Autor da descoberta: Basílio Valentino – monge beneditino
Origem do nome: Grega: Antimonos; latim: stibium
Significado: Oposto à solidão; marca  
Utilidades: Solda, maçaneta, papel, tecido, etc.

Características:
É um elemento sólido, cristalino, fundível, quebradiço, com baixa condutividade elétrica e térmica. É um semimetal que se parece com os metais pelas propriedades físicas e aspectos, mas não se comporta como eles. Pode ser afetado por ácidos oxidantes e halogênios.
É abundante na crosta terrestre desde 0,2 a 0,5 ppm. Ocorre com o enxofre, chumbo, cobre e prata. É utilizado em detectores infravermelhos.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Amerício


Símbolo:  Am
Massa atômica: 243,0614
Número atômico: 95
Ponto de fusão: 1449 K (1176 ºC)
Ponto de ebulição: 2284 K (2011 ºC)
Ano da descoberta: 1945
Autor da descoberta: Glenn T. Seaborg Morgan e Albert Ghiorso
Origem do nome: Homenagem ao continente americano
Significado:  
Utilidades: detector de fumaça, fonte de nêutrons, etc.


Características:
O amerício tem aspecto branco-prateado, brilhante, mas perde o brilho lentamente quando exposto ao ar seco, em temperatura ambiente. O Am-241 emite partículas Alfa 3 vezes mais do que o rádio, e intensa emissão de raios Gama.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)   


domingo, 21 de outubro de 2012

A deusa dos Orixás (Clara Nunes)


Iansã, cadê Ogum?
Foi pro mar
Mas Iansã, cadê Ogum?
Foi pro mar.

Iansã penteia os seus cabelos macios
Quando a luz da Lua Cheia
Clareia as águas do rio.

Ogum sonhava
Com a filha de Nanã
E pensava que as estrelas
Eram os olhos de Iansã.

Mas, Iansã, cadê Ogum?
Foi pro mar
Mas Iansã, cadê Ogum?
Foi pro mar.

Na terra dos Orixás
O amor se dividia
Entre um deus que era de paz
E outro deus que combatia.

Como a luta só termina
Quando existe um vencedor
Iansã virou rainha
Da coroa de Xangô.

Mas, Iansã, cadê Ogum?
Foi pro mar
Mas Iansã, cadê Ogum?
Foi pro mar.


Clara Nunes – autores: Romildo/Toninho - Vídeo: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB


Samba da volta (Clara Nunes)

Lalalaia, lalalaia...
Você voltou, meu amor,
A alegria que me deu
Quando a porta abriu:
Você me olhou, você sorriu,
Ah! Você se derreteu e se atirou,
Me envolveu, me brincou,
Conferiu o que era seu.

É Verdade, eu reconheço,
Eu tantas fiz
Mas agora tanto faz;
O perdão pediu seu preço, meu amor,
Eu te amo e Deus é mais!

(Clara Nunes – autores: Toquinho/Vinícius de Morais)
Disco: “Alvorecer” – 1974 
Odeon – SMFB 3835 – Foto: internet 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Poema egípcio em homenagem ao faraó Amenemhat I


(Escrito durante o Médio Império – 2100 – 1580 a. C.)

                 O herói invencível

É um deus verdadeiro, que não tem igual (...)
É um bravo que age com o seu braço
Um homem de ações que não tem igual
Quando o vemos lançar-se contra os bárbaros
Ou quando inicia o combate.
É alguém que submete, que penaliza as mãos
Para que os inimigos não possam dispor-se a lutar (...)

É um audaz quando enfrenta os orientais
A sua alegria é aprisionar os bárbaros
Agarra no escudo e pisa
Não repete o golpe, porque mata
Não há ninguém que possa afastar a sua seta
Ninguém que possa dobrar o seu arco
Os bárbaros fogem à sua frente
Como se estivessem diante do poder da grande deusa
Não se cansa de combater, nada poupa, nada permanece.

Fonte: 
PILETTI, Nelson e Claudino. História & Vida Integrada, 5ª série, pág. 60. São Paulo, Ática, 2003.
(Texto: domínio público - foto: internet) 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O silêncio ( Faraó Amenemope)


O irrequieto no templo se assemelha
A uma árvore crescendo em lugar fechado.
O brotar de seus ramos
Não dura mais que um breve instante
E termina nas mãos do lenhador.
É transportada por mar para longe de seu devido lugar,
E a chama é sua mortalha.

O verdadeiro silencioso,
Que se mantém de lado,
Se assemelha a uma árvore crescida em campo aberto.

Ele floresce, dobra a sua produção
E se ergue diante  de seu mestre.

Seus frutos são doces,
Sua sombra deliciosa.
Ele vai até o fim
Dentro de seu próprio jardim.

(Poesia: Faraó Amenemope - Foto: Eliza Ribeiro  - Taperoá - PB)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Manchei meu coração


Risquei no céu
Um nome para viver
Viver um romance bonito
Com você...

Manchei meu coração
Com desejos bem transados
Desejos de me querer
Toda perfumada
Para lhe dar prazer!

Busco nas flores
Perfumes que me embriaguem
Para depois me despir
E fazer amor com você!

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Feminino de algumas palavras


Ancião - anciã
Ateu - ateia
Ator - atriz
Cavalheiro - dama
Cavalo - égua
Cidadão - cidadã
Conde - condessa
Cônsul - consulesa
Doutor - doutora
Duque - duquesa
Embaixador - embaixatriz
Espião - espiã
Folião - foliona
Genro - nora
Glutão - glutona
Guri - guria
Hebreu - hebreia
Hóspede - hóspeda
Imperador - imperatriz
Judeu - judeia - judia
Juiz - juíza
Ladrão - ladra
Leão  - leoa
Lebrão – lebracho - lebre
Leitão - leitoa
Maestro - maestrina
Mestre - mestra
Moleque - moleca.
Pardal - pardoca, pardaloca
Pavão - pavoa
Perdigão - perdiz
Peru - perua
Plebeu - plebeia
Poeta - poetisa
Profeta - profetisa
Rapaz - moça
Rei - rainha
Réu - ré
Rufião - rufiona

(Texto e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Castelo de areia


Havia uma luz iluminando o caminho
Onde eu precisava passar;
Ela iluminava o meu destino
E não deixava meu pranto rolar...

Eu era feliz com aquele amor
Que minha vida iluminava;
Fazia da minha vida um botão de rosas
Que desabrochava quando a gente se amava...

Mas o tempo que tudo cura e tudo leva,
Levou o meu amor para longe de mim;
Fez da minha vida um castelo de areia,
Uma dor terrível, uma coisa ruim...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

domingo, 14 de outubro de 2012

Bússola


A palavra bússola deriva-se do italiano bussola, e é um instrumento de orientação, cuja agulha invariavelmente indica o norte magnético.

Alguns historiadores afirmam que a bússola foi inventada pelos chineses. Os europeus a conheceram através dos árabes, no tempo das cruzadas. Antes, os navegadores orientavam-se pela estrela-do-mar. 

A primeira bússola foi feita de uma agulha imantada apoiada num pedaço de palha ou cortiça, boiando livremente em azeite ou água. Pierre Pelerin Maricourt apoiou-a num estilete, protegendo-a numa caixa de pouca altura, com uma tampa de cristal, onde desenhou uma Rosa dos Ventos. O italiano Flávio Gioa aperfeiçoou-a, mas quando Colombo e outros navegadores perceberam que não havia perfeita harmonia entre o polo geográfico da Terra e o polo magnético, foi então calculada a declinação; a partir daí a bússola foi usada com mais precisão e segurança. 

A primeira menção feita a uma bússola em registros europeus data o ano 1180 pelo teólogo inglês Alexander Neckam, no livro"De Utensilibus" (Sobre instrumentos).
  
Fonte:
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades. Comércio e importação de livros Cil S. A. São Paulo, 1968.   

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

sábado, 13 de outubro de 2012

Flor do mocambo


Dedico a você que está me ouvindo
E talvez sentindo saudades também!
Ô Flor do Mocambo, vestida de luto,
Herança do fruto dos beijos de alguém.

Foi de madrugada, quando eu lhe beijei,
Parti e chorei, vendo a imagem sua!
Sou triste e boêmio sem felicidade,
Cantando saudade, aos raios da lua.

Você, flor divina, tão simples e tão bela,
Ô flor amarela, do meu pé de jambo,
Sou triste poeta, cativo, mas amo,
Por isso lhe chamo de Flor do Mocambo.

Não tenho riqueza para lhe ofertar:
Navio nem mar, nem Copacabana!
Só tenho a viola, a vida e molambo,
Ô Flor do Mocambo, da minha choupana.

Lhe dou as estrelas, a lua, a cascata,
O campo e a mata, o riso e o pranto;
Estrela cadente, luz de vagalume,
Venha dá perfume aos versos que canto.

Lhe dou o peixinho que morre na areia
A voz da sereia que canta escondida
Eu só quero apenas que os dias seus
Se unam aos meus, nos dramas da vida!

Odeio o guerreiro da vil raça humana,
O homem que engana ao sei Criador!
Pois morro brigando no céu e na terra
E até faço guerra, pra ter seu amor.

Olhando a inocência que tem no seu riso
Eu fico indeciso, sem saber o que faça!
Você é poema da felicidade
Plantando saudade, na alma da raça.

Quando a mocidade voar, for embora
Olhando a aurora, sem saber porque
Aí chorarei já quase no fim
Com pena de mim, pensando em você.

Termino o poema olhando pra Lua,
Linda deusa nua, que sente ciúme!
Ô flor do mocambo dos meus desenganos,
No passar dos anos não perca o perfume!



(Autor: Apolônio Cardoso - Vídeo: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Alumínio


Símbolo: Al
Massa atômica: 26,981539
Número atômico: 13
Ponto de fusão: 933,473 K(-660 ºC)
Ponto de ebulição: 2792 K (2519 ºC)
Densidade: 2,7 g/ml
Ano da descoberta: 1827
Autor da descoberta: Fredrich Wöhler
Origem do nome: Latina: Aluminium
Significado: Pedra-ume – de sabor adstringente.
Utilidades: Portas, janelas, fogos de artifício, aviões, estradas de ferro, indústria têxtil, etc.

Características:
É um elemento químico que na temperatura ambiente é sólido, e é o elemento metálico mais encontrado na crosta terrestre. Macio, leve e resistente. De aspecto cinza prateado e fosco, não é tóxico qual metal, não magnético e não cria faíscas quando exposto a atritos. É o segundo metal mais maleável, sendo o ouro o primeiro. Bom condutor de calor.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Actínio



Actínio:
Símbolo: Ac
Massa atômica: 227,0278
Número atômico: 89
Ponto de fusão: 1324 K (1050 ºC)
Ponto de ebulição: 3473 K (3200 ºC)
Ano da descoberta: 1899
Autor da descoberta:  André Debierne
Origem do nome: Grega: Aktinos
Significado: Raio
Utilidades: Fonte de nêutrons.

Características:                                               
O actínio é um elemento metálico, radioativo, prateado, que brilha na escuridão com luz azulada devido à sua radioatividade. Encontrado em minerais de urânio, é um emissor das partículas Alfa e Beta e demora 21,773 anos para se desintegrar. Em 1 tonelada de urânio contém 0,1 gramas de actínio. É ótima fonte de nêutrons, por ser sua radioatividade 150 vezes maior do que a do rádio. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Laranja-cravo


Quando eu era criança sempre dormia na casa de vovó Inacinha, minha vó materna. Aliás, eu fui muito feliz pois tive um contato bonito com meus avós, o que me ajudou a respeitar e amar os mais velhos. Bom, voltando ao assunto,
a casa de vovó é onde hoje moro, só que já foi reformada, e pouco resta do seu desenho original. Eu me lembro bem que havia um quintal grande, com duas cisternas para armazenamento de água de chuva, pois naquele tempo não havia água encanada, e um pé de laranja-cravo.

Na realidade, o que mais me chamava a atenção naquela época era o pé de laranja-cravo, só que não era por causa das laranjas no pé, mas o canto dos rouxinóis que se abrigavam nele. Toda madrugada eu acordava com aquele canto, o que me fazia abrir os olhos com um certo romantismo, uma paz interior muito grande.

Curiosamente, de uns tempos para cá, em certo período do ano, um rouxinol canta todos os dias no quintal de casa, porém na antena parabólica, pois já não há pé de laranja-cravo para ele se abrigar.

(Texto e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Pegadas na areia (Domínio público)


Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor
E através do céu passava cenas da minha vida.
Para cada cena que passava
Percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia:
Um era meu e outro era do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou diante de nós
Olhei para trás, para as pegadas na areia,
E notei que muitas vezes, no caminho da vida,
Havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu
Nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver.

Isso me aborreceu deveras e perguntei então ao Senhor:
“Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvi Te seguir,
Tu andarias sempre comigo, em todo o meu caminho;
Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver
Havia apenas um par de pegadas na areia.
Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti
Tu me deixaste sozinho”.

O Senhor respondeu:
“Meu querido filho, jamais eu te deixaria
Nas horas de tua prova e de teu sofrimento.
Quando viste na areia apenas um par de pegadas,
Eram as minhas;
Foi exatamente aí que Eu te carreguei nos braços”.

(Poesia: Domínio público - Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Amanhecer no meu sertão


Amanhecer no meu sertão
É um festival de cantos:
É o canto do rouxinol, da casaca de couro;
É a lua ainda brilhando no céu,
É o brilho do Sol chegando qual ouro...

O canto do galo em algum quintal
Acorda quem sonha ainda;
A luz da cidade acesa diz que a noite
Ainda deixa seu sinal...

Vêm as garças riscando os espaços,
Amigas, unidas, anunciando o romper da aurora;
Ai, quem me dera neste momento
Estar ao lado do meu amor, que já demora...

No meu sertão, Taperoá de muitas histórias,
Amanhecer é um momento de prazer;
Há a amizade dos que acordam cedo
E dizem bom dia, sem nada querer...

Bom dia do galo cantador,
Bom dia da casaca de couro, do téu téu, do rouxinol;
Bom dia das garças voadoras, das borboletas coloridas,
Bom dia de quem caminha e do meu grande amor...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Não estou triste


Este meu olhar fixo não é tristeza,
Nem tampouco é abandono, se pensas que assim estou;
Sei que a vida tem suas derrotas,
E que elas nos deixa cabisbaixos, com incertezas...

Jamais eu me senti tão feliz como estou agora;
Não penses que esta minha seriedade
É meu coração que por dentro chora...

Sou um ser que tinha tudo para dar errado na vida,
Pois, quando eu era bebê, me jogaram na rua;
Senti frio em minha pele nua,
Senti dor, solidão, senti minha vida perdida...

Mas a vida tem seus mistérios, suas delicadezas,
Pois colocou em meu caminho uma mulher bonita
Que me levou para sua casa em noite muito aflita,
Trazendo-me seu colo, seu carinho, sua realeza...

E eis que agora, com este meu olhar sério,
Vejo-a na minha frente, chamando-me pelo nome que me batizou:
Sou Lilico, sou um gato feliz, dentro da vida com seus mistérios,
Pois a amo com toda a força do meu amor...

Se ela me chama, eu vou para perto dela;
Se não, mesmo assim corro ao seu lado,
De dia e de noite, abro porta, janela,
Abro meu coração para ela, como seu eterno namorado.

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)